
Após audiência nesta terça-feira (7), foi confirmado que os 163 trabalhadores chineses resgatados em condições análogas à escravidão nas obras da montadora BYD, em Camaçari, já receberam suas rescisões e retornaram à China. As empresas envolvidas comprometeram-se a enviar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) documentos que comprovem os pagamentos e o custeio da repatriação. A fiscalização havia identificado alojamentos degradantes, retenção de passaportes, jornadas exaustivas e até acidentes sem assistência médica, configurando graves violações trabalhistas e tráfico de pessoas.
A BYD encerrou o contrato com a empreiteira Jinjiang Construction e transferiu os trabalhadores para hotéis antes do retorno. “A empresa não tolera desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente da montadora.
Enquanto os locais embargados seguem interditados, o MPT prepara um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para novas medidas. A investigação prossegue, com outras fiscalizações sendo consideradas.