A ex-desembargadora Maria da Graça Osório Pimentel Leal, que antes tinha um status especial por conta do foro privilegiado, agora enfrentará a justiça em uma instância mais próxima do cidadão comum. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) é quem vai gerenciar esse processo.
O que aconteceu foi o seguinte: a decisão veio de cima, diretamente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Og Fernandes foi o responsável por essa determinação. Ele olhou para os fatos, considerou as circunstâncias e decidiu que o caso dela deve ser tratado em Salvador, mais especificamente em uma das Varas Criminais Especializadas da cidade.

Agora, uma curiosidade: em setembro, Maria da Graça teve sua perda de foro declarada pelo Ministro. Isso se deu porque ela entrou na aposentadoria compulsória, o que geralmente acontece quando alguém atinge 75 anos, como foi o caso dela em maio deste ano.
O coração do caso é um tanto intrigante. A ex-desembargadora é suspeita de envolvimento em atos ilícitos que também teriam envolvido sua sobrinha, Karla Janayna Leal Vieira, além de outras figuras, como o casal Adailton e Geciane Maturino, e o produtor rural Dirceu Di Domênico. A grande polêmica gira em torno de um esquema de venda de sentenças ligado a uma vasta extensão de terra no Oeste da Bahia, avaliada em um montante exorbitante de mais de R$ 1 bilhão.
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