
O debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1 ganhou força nas redes sociais, com pressão para que os deputados avancem na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa abolir esse regime. Esse sistema permite ao trabalhador atuar por seis dias consecutivos com direito a uma folga semanal, regra amplamente aplicada em setores como restaurantes, supermercados e comércio.
Usuários de redes sociais e apoiadores do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) veem a prática como desumana e buscam apoio para transformá-la em PEC. Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou o texto, que precisa da assinatura de 171 parlamentares para avançar. Até agora, 71 deputados, incluindo todos os membros do PSOL, já assinaram.
Durante discussão na Comissão de Direitos Humanos, Hilton defendeu a proposta, afirmando que a medida busca proteger os trabalhadores mais vulneráveis. Segundo ela, o movimento é uma reação à precarização das condições de trabalho que a escala 6×1 gera em muitos setores.
Em contrapartida, Marco Feliciano (PL-SP) criticou a proposta, argumentando que a prosperidade de um país vem do trabalho e que “democracias maduras” como EUA e Japão mostram que o trabalho árduo é caminho para riqueza. Feliciano declarou que o PL é contra a medida, enfatizando o trabalho como principal ação social do governo.
A PEC, aprovada na Comissão de Direitos Humanos em junho, ainda aguarda votação em plenário. Segundo Nikolas Ferreira (PL-MG), até o momento não houve apreciação da proposta.
A pressão dos internautas, que cresce nas redes, exige rapidez na tramitação, indicando que o debate sobre o equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida deve se intensificar nos próximos meses.