O vereador Geraldo Júnior (SD) decidiu sair da disputa da presidência da Câmara em apoio à candidatura de Leo Prates (DEM), o que surpreendeu os representantes do movimento “Câmara Democrática”, que eles fazem parte.
Geraldo e Prates compõem o movimento junto com os vereadores Isnard Araújo (PHS), Tiago Correia (PSDB) e Joceval Rodrigues (PPS), que se opõe a uma possível candidatura à reeleição do atual presidente da Casa, Paulo Câmara (PSDB). Isnard e Joceval se surpreenderam com decisão de Geraldo Júnior de apoiar Prates, uma vez que o vereador do Partido Solidariedade apoiou à época a eleição de Câmara no momento em que fez parte da coordenação da campanha do tucano ao comando do legislativo.
O apoio de Geraldo Júnior a Leo Prates dá vantagem ao democrata na corrida pela presidência da Casa. Prates, que já conta com seis votos do DEM, que terá a maior bancada da Casa a partir de 2017, deve contar também com os votos de três vereadores que apoiavam a candidatura de Geraldo Júnior.
“Geraldo Júnior é um dos quadros mais qualificados da Câmara Municipal de Salvador. Sua atitude demonstra que o Movimento Câmara Democrática não contempla projetos pessoais e trata-se de uma proposta construída de forma coletiva”, afirma Prates.
Após a desistência de Geraldo Junior de disputar a presidência, o líder do governo na Casa, vereador Joceval Rodrigues (PPS) vai se reunir com três vereadores que apoiam sua candidatura para decidir os próximos passos. O objetivo, conta ele, é que eles estejam juntos, inclusive num eventual apoio a outro candidato.
Já Isnard declarou que não há mudança na disputa pela presidência e que segue articulando com os colegas. “Estamos tendo muitas conversas. Já conversei, inclusive, com o próprio Paulo Câmara. Não descarto apoiá-lo ou ele me apoiar”, disse. No PHS, além de Isnard, o recém-eleito Téo Senna pretende entrar no páreo para concorrer a presidência da casa.
Isnard contabiliza, até o momento, sete votos. Já o atual presidente Paulo Câmara, que ainda não declara, mas deve ser candidato, tem pelo menos 11 votos por parte do bloco da oposição, o mesmo que foi dito ontem (21) pelo vereador Arnando Lessa (PT) que declara seu apoio ao tucano mesmo sem direito a voto por não ter sido reeleito na última eleição municipal.
Os integrantes do Câmara Democrática combinaram que, em dezembro, aquele que tiver maior número de votos seria o candidato do grupo.
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