O governo federal, sob a gestão de Lula, tem enfrentado duras críticas após a aprovação de um pacote de cortes que afeta diretamente os mais vulneráveis. Com 264 votos a favor e 209 contra, a Câmara dos Deputados deu aval ao projeto que limita o aumento do salário mínimo, endurece o acesso a programas sociais com a exigência de biometria e reduz os recursos do Proagro, entre outras medidas.
O deputado federal Nikolas Ferreira destacou que a decisão prejudica idosos, autistas e pessoas com deficiência, enquanto mantém gastos elevados com privilégios como supersalários e viagens internacionais.
“Aos que ainda chamam isso de ‘governo dos pobres’, lembrem-se deste dia”.
Outro ponto polêmico é a mudança nos critérios do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que inicialmente poderia excluir pessoas com transtornos do espectro autista e síndrome de Down. Após pressão, as restrições foram suavizadas, mas o benefício agora é limitado a pessoas com deficiência moderada ou grave. Apesar disso, a obrigatoriedade de biometria segue como regra, exceto em casos específicos, como idosos com dificuldade de locomoção.
Enquanto o governo justifica as medidas com uma economia projetada de R$ 109,8 bilhões até 2030, críticos apontam que os cortes sacrificam os mais pobres, em contraste com as promessas feitas durante a campanha.