
O presidente do Democratas em Salvador, Heraldo Rocha (DEM), defendeu que as reformas do governo, especialmente a da Previdência, devem ser analisadas detidamente antes de se tomar posições radicais.
“Acho que temos que discutir com mais detalhes a reforma da Previdência. Acredito que não podemos radicalizar posições. A oposição está radicalizando, não quer discutir. Isso não é democracia. A reforma da Previdência não foi discutida e já estão derrotando, enchendo as redes sociais com políticas ferrenhas”, critica.
“O Brasil enfrenta uma crise muito grave para tomarmos posições polêmicas. Temos que pensar no cidadão sofrendo com a seca e com o desemprego em massa. A situação é muito grave. Chega de 13 anos iludindo a população. Seria muito tranquilo para mim que eu me colocasse contra sem discutir com profundidade. Acho que precisamos discutir, não podemos ficar enchendo as redes sociais com memes criticando. A Previdência é um grave problema, temos problemas na França e no mundo todo”, prosseguiu o democrata, em resposta ao deputado federal Afonso Florence (PT).
O deputado petista manifesta posição convicta que a proposta será derrotada por conta da pressão popular que tem se mostrado em ações como as manifestações ocorridas na última quarta-feira (15). O parlamentar comentou também a querela entre governo do Estado e prefeitura pela paternidade do metrô, acusando a oposição de tentar capitalizar a obra para si. “Eles começaram as obras na década de 90, mas foram engavetadas por conta da corrupção. Aquela obra não é da prefeitura. Imbassahy e ACM estão tentando ludibriar a opinião pública de Salvador, estão tentando capitalizar obras que foram paralisadas no governo dele. Imbassahy vai tentando se estabelecer como um ministro baiano, mas é um ministro do golpe”, prossegue. Heraldo Rocha, entretanto, preferiu amenizar a situação.
Disputa de paternidade do metrô entre Neto e Rui
“O metrô é de Salvador. Não é meu nem seu, é do povo. Vamos acabar com essa atitude que o governador tem tomado, a obra teve recursos federais.
O Estado da Bahia está quebrado, os servidores estão sem aumento, não fez concurso público. Neto quando assumiu destravou o metrô. Já dissemos isso várias vezes. É uma PPP. Quanto o Estado colocou? Temos que reafirmar as nossas posições de política pública. Enquanto isso, estão destruindo o Centro de Convenções. E graças a Deus que o Aeroporto foi vendido”, acrescenta, e aproveitou para desconversar sobre as eleições de 2018 ao afirmar que ainda não é o momento de discutir.
“ACM Neto tem um modus operandi e a consciência de que ele é um líder. Com essa crise que estamos vivendo é hora de pensar no cidadão. O PT vive em eleição o tempo todo. Temos que pensar em gestão pública de qualidade. Precisamos pensar que o povo não quer mais falar em eleição”, conclui Heraldo.
Fonte: Tribuna da Bahia