
O vereador Hilton Coelho (PSOL), contrário à reforma da Previdência, afirma que o relator da PEC, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), não tem a independência necessária para a missão.
“Ele (Maia) já escolheu o lado das empresas e empresários da previdência privada. É a raposa tomando conta do galinheiro. Não tem a menor condição política e moral para ocupar a relatoria, já que estas empresas possuem interesse na mudança das regras previdenciárias”, justifica.
Para o legislador, Arthur Maia possui em seu currículo diversas acusações “por crimes contra a administração pública”. Como exemplos, citou que o deputado foi investigado em razão de movimentação financeira supostamente incompatível com a renda declarada, quando exercia mandato na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. Além disso, frisou, “foi citado na delação premiada do ex-vice-presidente institucional da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, sobre o envolvimento na Operação Lava-Jato”.
Bancos privados
Hilton Coelho afirmou, ainda, que a candidatura do relator “foi financiada por empresas e bancos relacionados ao setor de previdência privada. Uma das empresas patrocinadoras do deputado é a Bradesco Vida e Previdência, que fez doações de R$ 300 mil para a campanha de Arthur Maia em 2014”.
Também financiaram a campanha de Maia, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2014/680/BA/50000000676 ), informa o vereador, os bancos Itaú Unibanco (R$ 100 mil), Safra (R$ 30 mil) e Santander (R$ 100 mil), instituições financeiras que negociam planos de previdência privada. Diante destes dados, conclui o vereador, “não resta a menor dúvida para onde penderão as decisões de Arthur Maia”.
Fonte: Secom/CMS