
Se a notícia se confirmar que o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) vai ocupar a Secretaria de Governo em fevereiro, o tucano não pretende fazer alterações na equipe de assessores deixados pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima. No acordo entre Michel Temer com os tucanos, ficou estabelecido que Imbassahy deve manter o “funcionamento” da Secretaria.
“Ele não vai fazer briga de Dom Quixote, vai consolidar a maioria para votar na Câmara e Senado”, afirma um dirigente tucano.
Em mais um lance da queda de braço entre o PMDB e o PSDB por espaços no governo do presidente Michel Temer, os tucanos cobram do Palácio do Planalto que o partido tenha direito a indicar toda a estrutura da Secretaria de Governo. O PMDB, entretanto, já sinalizou que rechaça a possibilidade de que o PSDB garanta a chamada “porteira fechada”, modelo no qual apadrinhados de um partido ocupam todos os cargos de livre nomeação de uma determinada pasta.
Tanto os tucanos quanto o Planalto já dão como certa a nomeação do líder do PSDB na Câmara para a Secretaria de Governo, que é aliado do presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), logo após a eleição da Mesa Diretora da Casa, no dia 2 de fevereiro.
A pasta, com status de ministério, é responsável, entre outros assuntos, por fazer a articulação com o Congresso. Aécio esteve ontem no Planalto e conversou com Temer e com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. De acordo com interlocutores do presidente, o senador tucano manifestou o desejo de que o PSDB, com Imbassahy na Secretaria de Governo, tenha liberdade para fazer as nomeações da pasta. Até o momento, Temer não decidiu de que lado ficará na disputa: do PMDB, seu partido, ou do PSDB, de sua base aliada.
Por meio da assessoria de imprensa, o presidente nacional do PSDB disse que não tratou com Temer sobre o ministério e afirmou que cabe apenas ao presidente da República realizar as nomeações dos cargos.
Fonte: Estadão/Foto: PSDB