
Horas antes de ser preso na manhã desta quarta-feira (9), o influenciador e policial militar Lázaro Alexandre, mais conhecido como Tchaca Tchaca, gravou um vídeo afirmando que vinha sendo extorquido desde novembro. Ele está entre os 22 presos da nova fase da Operação Falsas Promessas, que investiga um esquema milionário de rifas ilegais.
Segundo a Polícia Civil, o grupo movimentou cerca de R$ 680 milhões com sorteios fraudulentos, lavagem de dinheiro e até apoio ao tráfico.
As ações ocorreram em Salvador, na RMS e em cidades como Juazeiro, São Felipe e Nazaré. Entre os presos estão também o rifeiro Nanan Premiações, sua esposa Gabriela Silva, e o humorista Franklin Reis, o Neca. Na casa de Nanan, um condomínio de luxo na Estrada do Coco, foram apreendidos carros importados, relógios, celulares e dinheiro em espécie. A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ envolvido no esquema.
De acordo com as investigações, as rifas eram divulgadas em redes sociais e os resultados manipulados para beneficiar membros da organização. Policiais militares da ativa e ex-PMs teriam atuado como operadores das rifas, além de fornecerem proteção e informações privilegiadas. “Eles nem sabem o motivo da prisão. Apenas foram informados da existência de um mandado”, disse o advogado Danilo Pereira, que defende Tchaca.
A estrutura usada para lavar o dinheiro envolvia empresas de fachada e laranjas. Mesmo após prisões na primeira fase da operação, em setembro, os líderes do grupo continuaram as atividades. Um dos alvos, Sueliton de Almeida Coelho, morreu em confronto com a polícia no Nordeste de Amaralina. Ele já tinha mandado de prisão por tráfico e era apontado como liderança da região.
Com o apoio de cerca de 300 agentes e a participação da Corregedoria da PM, a polícia cumpriu mandados também nos estados de Goiás, Ceará e Espírito Santo.
A defesa de Tchaca e dos demais presos disse que ainda não teve acesso ao inquérito e vai pedir a liberação imediata.
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(Com informações do BNews, Informe Baiano e Bahia.ba)