
O senador Jaques Wagner (PT-BA) reafirmou nesta segunda-feira (20), em entrevista à Rádio Metrópole, a intenção do petismo baiano de dominar as principais candidaturas nas eleições de 2026. Segundo ele, a “chapa mais forte” seria composta por Jerônimo Rodrigues, o governador mais rejeitado da história da Bahia, tentando a reeleição, enquanto Rui Costa e o próprio Wagner disputariam as vagas ao Senado.
A estratégia, que exclui figuras da base aliada como Ângelo Coronel, reflete a arrogância e o centralismo do PT, mesmo em meio à crescente insatisfação popular com os 20 anos de desgoverno petista na Bahia.
Ao defender a composição, Wagner ignorou os resultados desastrosos da gestão petista no estado, marcada por uma escalada de violência, colapso na saúde pública e índices alarmantes de pobreza. Para reforçar sua posição, ele ainda insinuou que o histórico de poder do trio seria um diferencial.
“Eu comandei durante oito anos, Rui durante oito, e Jerônimo está agora”, afirmou o senador, sem mencionar que esse mesmo histórico mergulhou a Bahia em uma crise sem precedentes.
A exclusão de Coronel e a provável manutenção de Geraldo Júnior, vice de Jerônimo, expõem ainda mais as fissuras dentro da base petista. Geraldo sofreu uma das derrotas mais humilhantes nas últimas eleições contra Bruno Reis, e sua permanência na chapa parece ser o único movimento de “conciliação” do PT, que claramente não pretende dividir poder com aliados.
Enquanto o ex-presidiário Lula tenta abafar as críticas nacionais à sua gestão com discursos vazios, o PT na Bahia insiste em priorizar interesses partidários ao invés de buscar alternativas para os problemas reais da população.
A proposta de Wagner, que ele considera “natural”, é um retrato do petismo: autoritário, excludente e completamente alheio à realidade dos baianos.