
A partir desta quinta-feira (10), todas as linhas de ônibus da cidade serão integradas ao sistema metroviário do município. Os passageiros que pegarem coletivo e metrô em menos de duas horas pagarão o valor de uma tarifa, R$ 3,60, no SalvadorCard. Até esta quarta, 9, 55% das linhas de ônibus ainda não estavam integradas com o sistema metroviário.
A integração permitira também que o passageiro pegue um coletivo, o metrô e outro ônibus pelo preço de uma passagem. Antes do anúncio, o bilhete único valia apenas para duas viagens, uma em cada modal.
Para estimular a integração, a prefeitura vai alterar 206 rotas de coletivos, o equivalente a 36,9% das 558 em funcionamento. Não há previsão para modificação dos trajetos.
“Não quero definir um prazo, mas a prefeitura tem pressa para esse redesenho”, anunciou o prefeito ACM Neto em coletiva na quarta. A gestão municipal não informou também quantas dessas linhas serão criadas ou extintas.
A alteração completa será em quatro estágios. Nesta quinta, a prefeitura dá início às consultas públicas para a primeira etapa, que deve mudar 77 linhas em 32 bairros da cidade e transformar a estação Acesso Norte em um terminal de transbordo. As três fases iniciais serão focadas na Linha 1 do metrô e a quarta, na Linha 2.
“Vamos ter um sistema único de ônibus e metrô em nossa cidade, mas vamos ter que contar com a comunicação e informação das pessoas, porque a vida delas vai mudar”, alertou o prefeito. Conforme ele, é esperado que haja uma reação popular às mudanças no sistema de transporte.
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fábio Mota, afirmou que a integração vai reduzir o tempo médio das viagens e de espera em pontos e terminais, além de aumentar a frequência de trajetos feitos nos horários de pico.
O setor de comunicação da CCR Metrô, que administra o sistema metroviário da cidade, informou que já está preparado para a integração com todas as linhas de coletivos. O superintendente da associação das empresas de ônibus (Integra), Orlando Santos, afirmou que acata a decisão da prefeitura, seguindo o contrato das prestadoras com o município.
Frota
O prefeito anunciou também na quarta que as operadoras das linhas de ônibus têm até o final do ano para apresentar um plano de renovação das frotas.
“Há cláusulas importantes do contrato [das prestadoras] que não estão sendo cumpridas, mas entendemos que há uma crise”, afirma o prefeito.
O superintendente da Integra afirma que as mudanças são difíceis de realizar por causa da situação financeira das empresas. “Tínhamos uma média de 24 milhões de passageiros pagantes por mês ao final do ano passado e hoje temos 22 milhões”, afirma Santos.
Fonte: A TARDE On Line