
A vereadora Ireuda Silva (PRB) teceu duras críticas à proposta de retirar do Código Penal o crime de feminicídio. A sugestão, que está sendo analisada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, foi feita por Felipe Medina, um morador de Minas Gerais, sob a alegação de que “mulheres nunca morrem por serem mulheres”.
Para Ireuda, “isso é um escárnio. Trata-se de mais uma tentativa de nos fazer retroceder na luta secular que travamos contra o machismo, pelo direito de não sermos agredidas por nossos companheiros e de sairmos de casa sem o medo de sofrer violência sexual, o que, muitas vezes, culmina na morte da mulher envolvida. Eu pergunto: quantos homens são vítimas disso que acabei de citar? Querer tirar o feminicídio do Código Penal é mais um atentado contra a mulher”.
A parlamentar lembra o caso que ocorreu segunda-feira (6), na cidade de Alexânia, em Goiás, onde um rapaz de 19 anos pulou o muro de uma escola e disparou 11 tiros contra o rosto de uma adolescente de 16 anos. O motivo seria a jovem não querer namorá-lo. “Casos como esse demonstram como a mulher ainda é objetificada, vista como alguém inferior e obrigada a se sujeitar às vontades do sexo masculino”, completa a vereadora.
Fonte: Secom/CMS