Há mais de 200 anos o alemão Arthur Schopenhauer escrevia o que seria o manual por excelência de todo e qualquer político: “Com vencer um debate sem precisar ter razão”. No livro, Schopenhauer cita 38 técnicas para vencer um debate. Do silogismo de Sócrates à malandragem de um sofista romano, a obra é um atalho para agentes políticos sem preparo e cheios de dentes brancos na boca.
Acreditando estar acima de tudo e todos, Ângelo Coronel achou que poderia alcançar a vaga de senador com alguns sorrisos, santinhos com a cara do criminoso Lula e alguns “tapinhas nas costas”.
Errou. E errou feio.
A capacidade, humildade e carisma de Irmão Lázaro superou todo e qualquer ato político organizado pelo Partido dos Trabalhadores no Estado. O desempenho do cristão colocou em xeque além de Coronel, o todo-poderoso cacique petista Jaques Wagner.
No desespero, o comitê de campanha petista colocou cada minuto de propaganda a disposição dos candidatos ao Senado, deixando de lado deputados estaduais e federais.
Se o trabalho das ruas não deu certo, se a propaganda em TV não deu certo, Coronel e companhia partiram para a lógica de Schonpenhauer. Apelaram em primeiro momento ao ataque ‘ad hominem’ com mentiras e difamações para logo depois, a menos de 48 horas do pleito, declarar que Coronel cresceu e venceu baseado em “pesquisas internas”. Ou como diria Otto Alencar em entrevista ao Bocão News, “Todas as pesquisas que nós temos tido acesso ele já passou Lázaro. Vai dar a mesma lógica que deu comigo, com Lídice e com Walter Pinheiro. Será um número mais ou menos igual ao de Wagner”.
Que pesquisas são essas, “seo Otto”?