
A disputa por espaço dentro do governo da Bahia colocou Rui Costa e Jaques Wagner em evidência, mesmo com os dois negando publicamente qualquer conflito. Em declarações recentes durante um encontro de políticos socialistas baianos, o ex-governador Rui Costa minimizou a suposta disputa e defendeu sua postura como colaborativa.
“Eu não pedi ao governador nenhuma secretaria, tampouco órgão. Só emito opinião, dialogo. Minha relação com Wagner tem 40 anos, não tem atrito”, afirmou.
Apesar disso, Rui admitiu que opina na gestão e já projeta uma candidatura ao Senado em 2026.
Jaques Wagner, por sua vez, também negou conflitos, mas não escondeu que mantém influência na escolha de quadros estratégicos para o governo de Jerônimo Rodrigues.
“Não estou disputando nenhum cargo, mas posso ter conversas de consulta interna. A decisão é de quem tem a caneta”, ressaltou o senador, destacando sua maturidade política ao lado de Rui e Jerônimo.
A movimentação gerou rumores de que Rui estaria tentando emplacar Marcus Cavalcanti na Casa Civil, enquanto Wagner teria interesse em Lucas Reis ou outros nomes ligados ao setor de saneamento.
As especulações se intensificaram com a baixa performance do governo Jerônimo em áreas cruciais, como segurança pública. Os dois caciques petistas têm sido apontados como responsáveis indiretos pela falta de autonomia do atual governador, que dedica grande parte de sua gestão a negociações internas.
Enquanto Rui busca espaço para aliados de sua confiança, Wagner mantém sua marca em setores-chave, alimentando o cenário de disputa velada que continua a dividir opiniões na base governista.
Resumindo: Jerônimo Rodrigues é a Rainha da Inglaterra baiana.