A dívida bruta brasileira alcançou a marca histórica de R$ 9 trilhões em outubro, segundo dados do Banco Central. O montante, que representa 78,64% do PIB, é o maior patamar desde 2021 e reflete o aumento de 6,96% durante o governo Lula. Além disso, o dólar registrou sua terceira alta consecutiva, fechando a semana em R$ 6,005, impulsionado pelas medidas fiscais anunciadas pela Fazenda.
A instabilidade econômica gerada pelo pacote de cortes de gastos públicos elevou as expectativas de inflação e reacendeu os temores de juros próximos a 14% ao ano.
Enquanto no Brasil os desafios econômicos se acumulam, o presidente da Argentina, Javier Milei, completa um ano no cargo com cortes significativos de gastos e controle inflacionário, medidas que trouxeram aprovação de 52% da população, segundo pesquisa da Poliarquía.
O contraste com o governo brasileiro, que adia reformas necessárias, tem alimentado comparações desfavoráveis a Lula, cuja reprovação já atinge 51%, segundo a Paraná Pesquisas.
A gestão econômica de Lula tem enfrentado críticas por sua incapacidade de oferecer um ajuste fiscal convincente, o que pressiona o mercado e prejudica a confiança de investidores e da população. Com o dólar em alta, a inflação aquecida e a dívida pública em disparada, o governo precisa agir rápido para conter o desgaste político e econômico.