
Jerônimo Rodrigues parece ter encontrado sua única especialidade no governo: terceirizar a culpa. Enquanto a Bahia afunda em violência, caos na saúde e servidores abandonados, o petista sempre tem alguém para responsabilizar, menos a si próprio. Desta vez, tentou empurrar a culpa da queda de popularidade do ex-presidiário Lula para Jair Bolsonaro, alegando que o petista “está pagando a conta pelas mazelas deixadas pelo governo anterior”.
Se essa lógica fosse válida, a má avaliação do próprio Jerônimo seria culpa de Rui Costa, de quem herdou um estado destroçado após 20 anos de petismo.
Mas a criatividade do governador para fugir das responsabilidades vai além. A fila da regulação, que humilha baianos diariamente, virou culpa dos prefeitos. A escalada da violência, que fez a Bahia bater recordes de homicídios, segundo ele, é um problema nacional e até internacional.
Quando não tem mais desculpas, apela para o velho discurso de que a oposição “torce contra o estado”, como se a realidade não fosse cruel o suficiente para desmenti-lo.
Enquanto isso, Jerônimo gasta mais tempo negociando cargos do que governando. A estratégia do Palácio de Ondina agora é fabricar “adesões” de prefeitos para tentar criar a ilusão de força política. O problema? Muitos desses gestores já eram da base petista, e alguns nem sequer estavam na Bahia nas eleições de 2022. Parlamentares já enxergam essa movimentação como um desespero para mascarar a péssima avaliação do governador, que despenca junto com a do descondenado petista Lula.
A Bahia está entregue, e Jerônimo Rodrigues prova, a cada dia, que sua maior habilidade não é governar, mas inventar desculpas.