
O descontentamento dos servidores públicos da Bahia com o governo de Jerônimo Rodrigues cresce a cada dia. A insatisfação é alimentada por declarações como a do secretário da Fazenda, Manoel Vitório, que já antecipou que qualquer reajuste salarial para 2025 será tratado com cuidado, colocando a saúde fiscal do estado como prioridade. “Temos que sempre botar o chapéu onde a mão alcança”, disse ele, destacando que o equilíbrio das contas do estado não pode ser comprometido.
No entanto, servidores questionam por que esse rigor não se aplica ao aumento de 40% já garantido para o governador e os deputados.
Para João Santhana, a lógica do governo é revoltante. “O aumento do governador e dos deputados já está garantido e não será menos do que 40%. Nesse caso não compromete o desequilíbrio das contas?” A indignação ecoa em outras categorias. Jair Castelo Branco compara Jerônimo Rodrigues ao ex-governador Rui Costa, afirmando que o atual governo é “a continuação do governo desastroso” de seu antecessor.
Nelson, por sua vez, acusa o governo de desrespeitar não apenas os servidores, mas também a cultura, o meio ambiente e os trabalhadores. “Este governo não respeita a cultura, por Psirico no São João, não respeita o meio ambiente, mineração na chapada, não respeita o trabalhador”, desabafou.
Os ataques ao governo petista também vêm carregados de críticas à sua gestão política e administrativa. Para Galdemar, “o PT já está em um declínio visível, ainda deixando funcionários em dificuldades por falta de salário justo”.
Essa percepção amplia a sensação de abandono entre os servidores, que se sentem traídos por um governo que, segundo eles, não cumpre compromissos básicos com a categoria. A Bahia enfrenta uma pressão crescente dos servidores que veem suas demandas ignoradas enquanto outros setores políticos garantem aumentos significativos.