Segundo o jornal Correio na sua edição desta sexta-feira (31) recente ofensiva de líderes governistas e militantes de extrema-esquerda radical e violenta contra o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) tem dois motivos principais.
Primeiramente, uma pesquisa estadual de intenção de voto revelou um arrependimento crescente dos eleitores que votaram em Jerônimo Rodrigues (PT). Se a eleição fosse hoje, Neto venceria no primeiro turno.
A virada de Neto não se limita aos grandes centros; ele também ganhou força no interior, especialmente no norte da Bahia, onde Jerônimo havia conquistado uma boa margem de votos graças à popularidade de Lula.
O segundo motivo dos ataques é a forte crítica que Neto tem dirigido ao governador Jerônimo Rodrigues. O ex-prefeito criticou a portaria da aprovação automática na educação, a comparação entre a violência na Bahia e na Europa, e a declaração de Jerônimo de que o analfabetismo é uma doença.
As críticas de Neto têm incomodado o Palácio de Ondina, especialmente Jerônimo. Em uma entrevista em Irecê, o governador chegou a colocar a culpa pela violência no governo Lula, mas depois tentou se redimir, afirmando que busca uma parceria com o presidente para enfrentar o problema das facções criminosas.
A tensão entre os dois políticos evidencia a disputa intensa pelo controle político na Bahia. Neto pretende intensificar suas críticas, acreditando que a reação adversária indica que suas palavras estão causando impacto.
O desespero dos governistas reflete um cenário de instabilidade e incerteza sobre o futuro político do estado.