Na virada mais recente de eventos que mais parece saída de um roteiro de cinema do que das páginas da vida real, Donald Trump, o ex-presidente dos Estados Unidos, enfrentou uma derrota judicial que ressoou pelos corredores da justiça e pelas linhas do tempo das redes sociais.
Nesta sexta-feira, um júri decidiu que Trump deve uma soma estonteante de mais de 83 milhões de dólares a E. Jean Carroll, a jornalista que o acusou de ter destruído sua reputação e carreira ao negar acusações de um encontro nada consensual ocorrido décadas atrás. A decisão, tomada por um júri de sete homens e duas mulheres em menos de três horas, não só excede o pedido inicial de Carroll por justiça financeira, mas também serve como um golpe punitivo, buscando evitar que tal desprezo pela verdade e pela dignidade alheia se repita.

O caso, que remonta a um suposto incidente na década de 90 em um provador de uma loja de departamentos de Nova York, culminou em uma batalha legal que desafia o esquecimento e a incredulidade. Carroll, aos 80 anos, não só trouxe à tona sua história inspirada pelo movimento Me Too, mas também enfrentou uma tempestade de retaliação online liderada por Trump, que chegou a zombar dela em sua plataforma, Truth Social.
A decisão do júri, portanto, não é apenas uma vitória para Carroll, mas um sinal para figuras públicas sobre as consequências de desacreditar e difamar aqueles que ousam falar.