
A greve dos servidores da educação em Salvador, promovida pela APLB-Sindicato, foi considerada ilegal pela Justiça da Bahia, que agora endurece as medidas contra a entidade. O juiz Adriano Augusto Gomes Borges elevou a multa diária para R$ 100 mil e autorizou o bloqueio dos repasses das contribuições sindicais.
A decisão foi motivada pelo total descumprimento da ordem judicial que determinava a retomada imediata das atividades no prazo de 24 horas.
Mesmo com reajuste aprovado pela Câmara Municipal de Salvador, que garante salários de até R$ 9,2 mil para professores da rede municipal, valor quase o dobro do piso nacional de R$ 4.867,77, a APLB insiste na greve e, segundo denúncia aceita pela Justiça, ainda utiliza redes sociais para incentivar o desrespeito às decisões judiciais.
A Prefeitura de Salvador destaca que o aumento oferecido é superior ao dos governos estadual e federal, que concederam apenas 6,27%.
A gestão municipal afirma que destina 100% dos recursos do Fundeb à remuneração dos profissionais da educação, além de aplicar mais 30% com recursos próprios, o que representa um investimento anual de R$ 1,3 bilhão.
Desde 2022, os trabalhadores da educação da capital baiana já acumulam reajustes de 45,03%, superando a inflação do período. Ainda assim, o sindicato segue ignorando a Justiça e os dados concretos.
O juiz foi claro: a postura da APLB configura “deliberada desobediência e afronta à autoridade da decisão judicial”. Caso a greve continue, os dirigentes sindicais podem ser pessoalmente responsabilizados por crime de desobediência.
A Justiça já deixou o recado: a lei vale para todos, inclusive para sindicatos monopolizados por comunistas que se consideram acima dela.