Kiki Bispo critica regulação e dificuldade de transferência de pacientes: “Nesse governo do PT, a regulação no Estado da Bahia só faz matar”

O vereador Kiki Bispo (PTB) manifestou em discurso na tribuna em sessão ordinária da tarde de terça-feira (17), no plenario da Câmara, toda sua indignação e revolta sobre o problema da regulação na saúde do Estado ao citar o caso de uma paciente que teve dificuldade de transferência através da própria regulação. O vereador lamentou a situação e declarou que “a regulação no Estado é uma máquina de matar”.

“É uma situação crítica e lamentável essa situação da regulação que o Estado nos impõe. É uma maquina de matar. Mata mais do que a guerra na Síria, mata mais do que a Faixa de Gaza. Infelizmente, nesse governo do PT, a regulação no Estado da Bahia só faz matar. Infelizmente, passados 11 anos,  o que se vê é uma piora no serviço que deveria ser essencial e primordial para os moradores de Salvador e do Estado da Bahia”, lamenta Bispo.

O edil mostrou-se indignado com a situação, ao relatar que o paciente tem que contar com a sorte para conseguir uma transferência através da regulação.

“É pedir a Deus que entre na regulação e que, por alguma sorte, a situação do enfermo se prolongue por dois, três, quatro meses para que possa ter um atendimento”, disse o vereador.

O parlamentar propôs a realização de uma audiência pública na Câmara para tratar do tema específico, porque considera que o problema está associado a criminalidade que se tem na segurança pública.

“Agora, nós estamos convivendo com a grande mortalidade que tem na regulação do governo do Estado da Bahia, através da saúde pública. Os gestores da Bahia estão se lixando para as pessoas que têm morrido em nosso Estado. Eu quero dizer que vamos defender essa bandeira, porque não aceitamos mais tantas mortes na Bahia por conta de um desserviço feito pelo governo do Estado na questão da regulação pública. Eu estou pensando em fazer igual ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ângelo Coronel, que disse em palestra realizada em Serrinha que disponibilizou quatro servidores só para tratar de regulação. Eu, que não tenho expertise na área, eu fico sem saber onde recorrer, porque no meu gabinete não cansa de chegar gente pedindo socorro e ajuda. Talvez, eu vou perguntar ao deputado Ângelo Coronel que tem contra essa regulação, que é uma máquina de matar do governo do Estado, como é que ele faz pra conseguir. Eu não sei se precisa ser amigo do rei ou da rainha, eu não sei bem como é que faz, qual é o critério que eles usam, mas o que eu sei dizer é que infelizmente, as mortes têm sido recorrentes e não podemos aceitar. A questão da regulação é muito grave. Está um caos a regulação do governo do Estado da Bahia”, dispara Bispo.

O discurso do vereador Kiki Bispo foi endossado e recebeu elogio e apoio através do aparte do vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) que é também médico e crítico da gestão na saúde e na segurança pública no Estado.

“Eu venho reiteradas vezes falando sobre a questão da violência e da falta de segurança e, também, na área da saúde. Isso é um atentado contra o povo”, disse Odiosvaldo ao denunciar o caso de uma paciente renal crônica que está há 40 dias no Hospital do Subúrbio ocupando leito com a necessidade de ser regulada para uma clínica de neurologia para fazer hemodiálise. “Já tem, pásmem os senhores, 40 dias essa paciente em uma unidade hospitalar. Não só ela, como em outros hospitais têm pacientes nesta mesma condição que terminam indo a óbito. Quem é o responsável? É o governo do Estado, pois a questão do internamento e da regulação desses pacientes são de competência do Estado”, crítica Vigas.

O vereador Cezar Leite (PSDB) concordou com a fala do colega no que tange a regulação do Estado e finalizou seu aparte a fala de Bispo para lamentar o tratamento recebido pelas pessoas que precisam de transferência. “Esse problema da regulação é uma verdadeira caixa de pandora. É um bilhete da mega sena o paciente ser regulado, a não ser que ele conheça o secretário ou alguém conhecido. Outra situação é que o Hospital do Subúrbio tinha equipamento de hemodinâmica, mas foi retirado pelo governo do Estado. Fazia-se várias angioplastias lá e foi retirado”, relata Cezar.

Rafael Santana

 

Sobre Emmanuel

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