Leo Prates critica modelo de lista fechada na Reforma Política: “Eu acho a coligação proporcional em lista fechada uma excrescência”

Crédito: Mathias Jaimes/TV Servidor

Os vereadores de Salvador estão em passo de espera e com as atenções voltadas para Brasília sobre a Reforma Política que tramita no Congresso Nacional em que os deputados discutem novas propostas para mudar e definir as novas regras do jogo no sistema político do país. A proposta de reforma política faz pairar uma nuvem de ansiedade sobre os parlamentares do legislativo municipal.

As propostas apresentadas que pretendem modificar a forma de os eleitores escolherem seus representantes mexem com os ânimos e expectativas, em especial, dos vereadores, inclusive do próprio presidente da Câmara, vereador Leo Prates (DEM), que considera a medida como um equívoco do Congresso Nacional que não quer que seja implementada no país.

Antes da abertura da sessão da Super-Terça no dia 11 que marcaria o debate sobre a Reforma Política que acabou sendo adiada por falta de quórum, o presidente da Câmara, Leo Prates, fez um preâmbulo sobre o projeto, ao destacar sua importância, mas criticou a proposta.

“Sobre a reforma política, eu só sei que eu não quero que seja implementada. Eu considero um equívoco do Congresso Nacional e uma manobra que vai de encontro ao que rege a própria lista fechada, porque o que hoje está se discutindo é a lista fechada, é a coligação proporcional. Eu acho a coligação proporcional em lista fechada uma excrescência para apenas se resolver um problema pequeno no Congresso Nacional que vai deturpar o modelo de lista fechada. O que é a lista fechada? O modelo de lista fechada é quando se vota no partido para fortalecer os partidos políticos, que é uma tese a ser considerada. Mas, o que é a coligação em lista fechada? Quer dizer, por exemplo, que DEM, PSDB, PSC, PV se coligam na proporcional e ai quem votar 43, 25 e 45 vai votar na mesma lista? Então, não estamos fortalecendo o partido”, critica Leo Prates.

Prates criticou ainda que o Brasil não adotou ainda um modelo ou um sistema político definido que se consolide no país.

“Eu não se ainda qual o melhor modelo, mas eu sei qual é o pior. Em cada eleição, o Brasil discute modelo e nós vamos mudando e não temos um modelo que se consolida na mente e na cultura das pessoas. Eu considero que o melhor modelo é o financiamento misto público com pessoas físicas. Eu acho que nós temos que criar uma cultura de de as pessoas colaborarem nas campanhas políticas. Voce vai conseguir isso de imediato? Vai conseguir daqui há cinco anos? Não vai. Mas, quem sabe daqui há 10, 15 anos. Tem que se criar uma cultura. Eu sou a favor da exclusão do financiamento empresarial e a favor do financiamento misto público e de pessoas físicas”, defende Prates.

“Nós fizemos um grande debate com o presidente da Comissão da Reforma Política, deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), e ao final, vamos apresentar um projeto indicando o que a maioria dos vereadores considera o modelo para a democracia brasileira”, garante o presidente da Câmara.

Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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