O ministro Luís Roberto Barroso foi empossado como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 28 de setembro, e seu discurso de posse trouxe importantes reflexões sobre o papel do Judiciário no Brasil.
Em suas palavras, Barroso destacou a independência do Judiciário brasileiro, ressaltando que para alguém se tornar Juiz, é necessário cursar uma Faculdade de Direito e passar por um rigoroso concurso público, garantindo assim que os juízes não devem favor a ninguém. Essa afirmação foi uma resposta às críticas recentes ao Poder Judiciário, que tem sido alvo de escrutínio devido a pautas controversas em discussão na corte, como a descriminalização das drogas e do aborto.
Além disso, o novo presidente do STF abordou a questão da “recessão democrática” e destacou a importância de enfrentar desafios como a inclusão social, a luta contra desigualdades injustas e o aprimoramento da representação política nas democracias contemporâneas. Barroso também enfatizou a necessidade de maior representatividade de mulheres e maior diversidade racial no Judiciário, sinalizando um compromisso com a equidade de gênero e racial no sistema judicial.

O ministro não deixou de mencionar os acontecimentos de 8 de janeiro, quando houve “ataques antidemocráticos”, e afirmou que as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo, ressaltando a importância da unidade do povo em prol da democracia e da pacificação do país.
A cerimônia de posse contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, mesmo com uma cirurgia marcada, participou do evento utilizando máscara por recomendação médica. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, também estiveram presentes, demonstrando a importância do momento.
A nova gestão do STF, sob a liderança de Luís Roberto Barroso, terá uma duração de dois anos, sucedendo a ministra Rosa Weber, que se aposentará compulsoriamente após completar 75 anos em 2 de outubro.
Essa posse marca um momento significativo no cenário político e jurídico do Brasil, com o presidente Barroso enfatizando a importância da independência do Judiciário, o combate às desigualdades e a defesa da democracia em seu discurso de posse.
.
.
.
.
.
.