
O atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma oportunidade marcante para reagir à pseudo-democracia vivida na Venezuela desde que a ditadura chavista chegou ao poder. No entanto, utilizando um princípio válido – mas pouco cabível nesse caso – da “soberania dos povos”, Lula e figuras de “grande estirpe” petista, como Gleisi Hoffmann, não apenas não condenaram como endossaram a provável farsa eleitoral do último domingo que reconduziu Nicolás Maduro à presidência do país vizinho.
O erro da esquerda brasileira com o modelo venezuelano de ditadura não é de agora. Lula 1 já caminhava pelas tortuosas linhas de fingir que havia normalidade democrática por aquelas bandas.
Quando Maduro atacou frontalmente as eleições brasileiras – e o próprio presidente brasileiro -, era esperada uma resposta à altura. Apenas o Tribunal Superior Eleitoral suspendeu o envio de observadores para o pleito da Venezuela. Lula manteve a ida de um assessor especial internacional, também conhecido como Celso Amorim, para endossar o que apenas o governo brasileiro acreditava: a vontade do povo venezuelano seria respeitada.