Marta Rodrigues defende manifestações nas ruas contra o governo Temer e eleições diretas para superar crise política

 

Crédito: Mathias Jaimes/TV Servidor

A vice-líder do PT na Câmara Municipal, vereadora Marta Rodrigues, falou sobre as manifestações populares em Brasília que pedem o impeachment do presidente Michel Temer após as delações do empresário Joesley Batista, dono da JBS, que fragiliza o governo diante de uma crise política.

Ela defende que o povo fez isso sem bandeira partidária e registrou que no último fim de semana ocorreu um ato em que os manifestantes pedem o impeachment do presidente Temer (PMDB) hasteando bandeiras partidárias. Além disso, ela posicionou-se contrário à atitude do presidente de receber um empresário da forma como ocorreu.

Conforme a vereadora, “estamos vivendo um verdadeiro tsunami no país, de muita insegurança e instabilidade muito grande na economia e na política”.

“As denúncias foram muito fortes e vieram carregadas das provas. Se tem que julgar um, tem que julgar os outros também. A justiça não pode ser parcial, mas tem que garantir e ouvir todo mundo. Já fiquei preocupada porque alguns membros do PSDB e do DEM já estão falando sobre a delação. Antes podia ter delação e agora que era exceção, virou regra. A delação não pode privilegiar A ou B. Nós não podemos conviver no país com essa situação que pra um pode tudo e pra outros não podem. A justiça tem que ser justa, se tem prova, apresentar as provas e quem cometeu a ilegalidade ou o crime tem que responder por eles, seja ele de que partido for. É isso que nós defendemos, mas a situação do país requer posicionamento também dos partidos da esquerda, dos movimentos sociais, especialmente, das centrais sindicais, porque o que está em jogo também são as reformas e esse congresso que está ai não tem legitimidade nenhuma para aprovar essas reformas e retirar direito dos trabalhadores e das trabalhadoras que foram duramente conquistados. O que nós precisamos é ocupar às ruas e pedir as Diretas Já. O momento é de pressão para garantir as Diretas Já”, disse Marta.

A petista criticou os benefícios e prvilegios dados pela justiça aos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, em troca das delações, e disse que a Procuradora e nenhum outro órgão da justiça podem dar benefícios a um em detrimento de outros.

“Tem que ter também uma posição imparcial. Se é pra poder construir essas provas, desta forma, a gente não tem como aceitar. Isso gera essa insegurança que nós estamos vivendo no país. Se a justiça garante pra um, tem que garantir pra outros e que também as provas cheguem e que a justiça analise a luz do que está aqui. Não no achometro ou que alguém falou ou por convicção, mas com provas. Isso não é ser imparcial e a justiça agir. Quem fez isso e está fora do país tem que voltar e ter o mesmo tratamento seja quem for. Não dá pra ter dois pesos e duas medidas ou um peso só e uma medida só pra todo mundo”, defende.

A vereadora acredita que o audio gravado das conversas com o presidente Michel Temer e o empresário da JBS, Joesley Batista, está na íntegra, uma vez que a defesa do presidente entrou com uma petição para suspender o inquérito do processo que está no Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer a perícia do áudio.

“Pelo que ouvi o áudio, eu não ouvi só uma vez, até para não ser injusta. Eu ouvi duas vezes. Eu não vi nenhum momento de corte no áudio. Pelo que eu ouvi, está na íntegra. Porque que ele [o presidente Michel Temer] não falou isso antes no primeiro pronunciamento que ele fez e só veio falar isso em pronunciamento no sábado à tarde sobre esse áudio? Se ele não tinha certeza que tinha isso, antes de ele chamar o primeiro pronunciamento tinha que ouvir antes e dizer. Ele ganha dois dias e se pronuncia para desdizer o que não é verdadeiro. Pelo que eu ouvi não tem nada de corte no áudio”, acredita Marta.

Rafael Santana

 

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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