A vereadora Marta Rodrigues (PT) lamentou a morte na última terça-feira (14), da jornalista Daniela Bispo, 38 anos, cujo corpo foi encontrado nas escadarias de um prédio na Avenida Tancredo Neves.
“Este foi mais um triste caso de feminicídio em nosso estado e é por isso que precisamos lutar por políticas públicas de combate ao machismo. Precisamos nos unir contra tantas mortes de mulheres”, declara Marta.
A vereadora alertou, ainda, que a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que crimes de ódio contra a mulher sejam mapeados e divulgados periodicamente, pois o procedimento auxilia em investigações e ajuda a criar políticas públicas de segurança de acordo com os perfis das regiões.
Conforme o Mapa da Violência 2015, o Brasil tem a quinta maior taxa de assassinatos de mulheres do mundo, como destaca a vereadora. “Apesar disso, o presidente Temer contraria a ONU e não divulga dados sobre feminicídios no país”, ressalta Marta.
Estudante da UFBA
Marta lamentou também o assassinato do estudante da UFBA e militante da juventude do PT, Felipe Doss, de 26 anos, dia 9 de novembro, no Parque São Brás, no bairro da Federação. Lembrando que ele era militante também dos movimentos LGBT e dos direitos humanos, a vereadora defendeu que o crime seja investigado com rigor para esclarecer as circunstâncias.
“Felipe era um jovem aguerrido na luta pela igualdade social, contra o machismo e a LGBTfobia. E essa luta, apesar das adversidades, era feita com muita garra, sem pestanejar, com uma alegria e um humor peculiar que conquistava a todos. É uma perda para todos”, disse.
A morte violenta do jovem negro e homossexual assumido, em circunstâncias nebulosas, conforme Marta Rodrigues, ocorreu no mesmo dia em que a comunidade LGBT teve uma conquista na luta: “A inclusão nos boletins de ocorrência das delegacias da Bahia do espaço para motivação do crime LGBT e para o nome social. Foi uma grande perda para o movimento”.
E acrescentou: “Com certeza, se entre nós estivesse, Felipe comemoraria essa vitória com muito entusiasmo, pois ele entendia a importância de visibilizar o crime de ódio, a LGBTfobia como crime, para desenvolvermos políticas públicas mais eficientes nesse combate”.
Fonte: Secom/CMS