
A vice-líder do PT na Câmara, vereadora Marta Rodrigues, comentou sobre o bate-boca protagonizado pelas vereadoras Ana Rita Tavares (PMB) e Marcelle Moraes (PV). O embate virou troca de farpas pessoais, com acusações graves, que levaram o presidente da Casa, vereador Leo Prates (DEM), a encerrar a sessão.
Marta lamentou o embate entre as duas vereadoras e chegou a dizer que pretende conversar com as parlamentares na tentativa de apaziguar a rixa entre elas.
“É muito lamentável. Eu acho que cabe a Casa fazer isso, chamar para conversar porque nós somos nesta Casa em 8 mulheres. Somos muito poucas no parlamento e nós nos respeitamos, independente da coloração partidária de cada uma. Nós temos que nos respeitar porque aqui a gente sabe que a gente tem divergências ideológicas, mas jamais a gente tem que agredir uma outra pessoalmente. Eu nunca subi ali na tribuna para agredir ninguém porque não cabe. Se tem algum problema com alguém, tem que conversar fora da Casa. A Casa é o lugar para fazer o grande debate da cidade e buscar propostas para elaborar projetos de lei e de indicação que venham melhorar a sociedade e a população”, lamenta Marta.
“Lamento muito. Já conversei com a vereadora Marcelle e vou conversar com a vereadora Ana Rita, porque isso é ruim pra gente, porque no imaginário lá fora as mulheres vão pra Câmara para brigar, Não é isso. A gente vem para fazer o grande debate que a vida inteira nos colcando em uma situação de segunda categoria e nós não somos segunda categoria. Nós começamos a votar em 1932. Antes não tinhamos acesso ao voto. Nós temos que zelar em fazer esse debate para enfrentar o patriarcado, o machismo, que é isso que leva. Briga como essa não ajuda em nada no parlamento”, disse.
Para Marta, o presidente Leo Prates teve uma postura correta em suspender e acabar a sessão logo em seguida porque, conforme ela, “não dá para a Casa se transformar em um ringue”. “O papel da Casa não é esse. Eu acho que cabe a Mesa chamar e mesmo não acionando o conselho de ética, vai ter que acionar outros órgãos que a Câmara tem, mas espero que não chegue até lá e que as duas vereadoras compreendam a importância das duas que foram eleitas pelo povo de Salvador por homens e mulheres que respeitem e honrem esses votos”, disse a petista.
Rafael Santana