
A necessidade de uma reforma política no país é defendida pela vereadora Marta Rodrigues (PT), que apoia um amplo debate com a sociedade sobre as mudanças no sistema político-eleitoral do país.
“Para que essa reforma seja concretizada, é importante também as audiências para debate com a população. Um dos pontos da reforma política é o financiamento público de campanha. Quanto ao financiamento, vai ter um fundo que considero importante para poder garantir equidade entre homens e mulheres. O valor para esse fundo é pago pelos contribuintes através dos impostos, mas é preciso dizer de onde vem e se vem do contribuinte. Para isso, é preciso fazer as audiencias e perguntar se o contribuinte está por dentro e concorda com isso, porque o que não pode é voltar o financiamento privado porque cria essa relação muito ruim em que nós chegamos na situação atual no nosso país. É uma promiscuidade mesmo. Com o financiamento público de campanha, vai ter uma transparência para todo mundo de forma igualitária, mas pra isso precisa que a população de a sua opinião. O país carece de uma reforma política, pois é necessário e é urgente, mas não do jeito como está. O período de campanha é outro debate. O povo só tem debatido o modelo de lista fechada, mas não é só isso. Tem também o sistema misto, o fim das coligações poporcionais, o distrital misto, a cláusula de barreira, mas pra isso acontecer, a população tem que saber e dizer sua opinião para que não receba um pacote já pronto sem debater. O momento é de debate e de reflexão e de ouvir para que o que for aprovado na Câmara Federal tenha a legitimidade da população”.
Ainda sobre o financiamento público de campanha, Marta acredita que há possibilidade da doação ser mista, ou seja, o público e o de pessoa física com até 1 salário mínimo. “Isso também é um debate que a gente precisa fazer para combater essa relação promíscua de doação por empresas privadas. A gente precisa ter essa dimensão, porque não é só aprovar. Porque não é aprovar para depois que regulamentar vem outras nuances por trás. É importante que o debate venha a tona agora e depois traga a contribuição. A pessoa fisica pode financiar com uma contribuição até um valor x? Pode, agora de que forma? Como isso vai acontecer?”, questiona Marta.
Rafael Santana