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Os modelos de negócios na Sociedade 5.0 promovem uma maior interação entre pessoas e máquinas e o mercado de trabalho já está fazendo adequações necessárias a essa nova realidade; e já pensando nas profissões do futuro. Enquanto a Indústria 4.0 está centrada nas fábricas, hospitais e shopping centers, a Sociedade 5.0 – que influenciará o novo modelo da Indústria e do Mercado 5.0 – resgata uma visão mais voltada às pessoas, colocando-as no centro da inovação e da transformação tecnológica.
Mais do que novas profissões, esse novo modelo, além de promover uma visão de trabalho mais ampla e completa para as empresas, propõe mudanças como: maior conscientização e informação do consumo; mais dinamismo nas resoluções burocráticas; redução do impacto ambiental; maior bem-estar no ambiente de trabalho e personalização com o toque humano nas produções, por exemplo. Professor dos cursos de Administração e Marketing da rede Ânima Educação, a qual a UniFG faz parte, Martinho Nery Filho ressalta a relevância dessa abordagem em um momento de grande volatilidade profissional. “A sociedade está caminhando para uma realidade diferente, com novo estilo de relacionamentos e de trabalhos. E o estudante que pretende entrar nesse cenário deve se capacitar para competir e permanecer no mercado dessa nova era sujeita a tantas mudanças e intensos desafios”, avalia.
Processo pedagógico – De acordo com Martinho Nery Filho, inserir a tecnologia no processo pedagógico nas escolas e universidades é uma das formas mais simples de promover uma interação saudável e enriquecedora dos recursos tecnológicos com o processo de formação dos estudantes. Além disso, a integração da parte cognitiva ou socioemocional no processo da educação é vista como uma maneira de desenvolver neles as soft skills necessárias para lidar com atividades cada vez mais aceleradas e o excesso de informação produzida pela sociedade moderna.
“Esse movimento busca, além de desenvolver nos alunos habilidades que facilitem a inserção deles no mercado de trabalho, os transformar em cidadãos conscientes, de forma com que contribuam ativa e conscientemente com a sociedade na qual estão inseridos. Também busca que eles sejam capazes de desenvolver soluções inovadoras, utilizando os benefícios da tecnologia hoje disponível”.
Tendências – Do ponto de vista das tendências, o profissional explica que o Mercado 5.0 surge com o compromisso de mostrar que a tecnologia é imprescindível não apenas de maneira externa – para realizar a manutenção da relação cliente e empresa – mas, também, de modo interno, garantindo informações personalizadas e em tempo real para as tomadas de decisões ágeis, precisas e embasadas em testes que preveem resultados das ações de mercado.
Já as tendências em relação à comunicação no mundo 5.0, conforme Martinho Nery Filho, mostram a necessidade de adotar ferramentas de automação em atividades repetitivas ou de grande escala, com o uso de inteligência artificial, como os chatbots.
“Mas essas interações precisam de fato simular diálogos humanos, justamente para fornecer uma experiência personalizada para o público. Quando uma empresa consegue alinhar os pontos de criação e comunicação embasados em inteligência artificial e automação, chega a um dos aspectos de mudança indicados pelo Marketing 5.0: entregar valor na jornada do cliente”.
Com uma visão de trabalho mais ampla e completa, o professor diz que as empresas podem gerar mudanças e agregar valores como: redução do impacto ambiental; retorno da presença humana na cadeia produtiva; produtos ativados por experiências e equilíbrio entre soft e hard skills. Soft skills são habilidades mais subjetivas, diretamente relacionadas à inteligência emocional das pessoas e normalmente adquiridas por meio de experiências pessoais. Já as hard skills, são aquelas habilidades aprendidas em cursos, faculdades e empregos, mais específicas para a área profissional da pessoa.
