Michel Temer: “Nunca solicitei que Rodrigo Rocha Loures recebesse recursos de campanha ou de qualquer outra origem em meu nome”

Crédito: Getty Images/AFP/E.Sá

O presidente Michel Temer afirmou à Polícia Federal que “nunca” pediu ou autorizou o ex-assessor dele Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) a receber em seu nome recursos de campanha “ou de qualquer outra origem”. Conforme informou a colunista do G1 Andréia Sadi, a defesa do presidente enviou ontem ao Supremo Tribunal Federal as respostas às 50 perguntas feitas pela Polícia Federal no inquérito que apura se Temer recebeu propina ao editar um decreto que teria beneficiado uma empresa que atua no setor de portos. O presidente nega a acusação. Ex-deputado federal, Rocha Loures chegou a ser preso no ano passado pela Polícia Federal. Ele foi flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil de Ricardo Saud, executivo do grupo J&F, que controla a JBS.

Segundo o Ministério Público, Loures era o operador de Temer para assuntos relacionados à J&F, o que o presidente e Rocha Loures negam. O ex-assessor do presidente já foi solto e está em prisão domiciliar. Em uma das perguntas, a PF questionou Temer sobre se ele pediu a Rocha Loures que recebesse recursos de campanha ou de “qualquer outra origem” em nome do presidente e, em caso positivo, justificasse e explicitasse os motivos, inclusive informando a origem dos recursos e a finalidade. A suspeita do Ministério Público é que Rocha Loures tenha atuado na elaboração de um decreto para beneficiar uma empresa que atua no setor de portos. O ex-deputado nega. “Nunca solicitei que o Sr. Rodrigo Rocha Loures recebesse recursos de campanha ou de qualquer outra origem em meu nome”, respondeu o presidente. Na pergunta seguinte, a PF indagou o presidente sobre ele havia pedido a Rocha Loures que recebesse recursos de executivos da JBS, ao que Temer respondeu: “Nunca solicitei que o Sr. Rodrigo Rocha Loures recebesse recursos de executivos do Grupo JBS em meu nome. Nenhuma razão haveria para tanto”.

A PF perguntou também ao presidente qual a relação entre ele e Rocha Loures. Temer, então, afirmou ter conhecido Loures quando o paranaense era deputado, acrescentando que o ex-deputado trabalhou como assessor parlamentar na Vice-presidência e na Presidência da República. Temer negou que Rocha Loures tenha atuado como “arrecadador” de recursos de campanhas. Os investigadores ainda indagaram ao presidente Temer se ele considera Loures “pessoa de sua confiança”. Na conversa noturna que teve com Joesley Batista no Palácio do Jaburu, gravada pelo empresário, o presidente disse que Loures era da “mais estrita confiança”.

“O Sr. Rodrigo Rocha Loures foi meu assessor, razão pela qual nele depositava confiança quanto ao exercício das funções inerentes à sua assessoria”, responde.

Fonte: G1

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