Motoristas profissionais do Uber comemoram e taxistas criticam decisão do Senado em aprovar PLC 28/2017

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O resultado da votação do Projeto de Lei 28/2017, que regulamenta aplicativos de transporte privado individual, como Uber, 99 Pop e Cabify, foi recebido com desalento, na terça-feira (31), por representantes dos taxistas de Salvador, após o Senado flexibilizar a proposta a favor das plataformas digitais.

Nesta quarta (1º), ou quinta (2), quando voltam de ônibus à capital baiana após acompanhar em Brasília a sessão, 40 filiados do Sindicato dos Motoristas Autônomos e Taxistas de Salvador (Sindtáxi) pretendem se reunir com a direção da entidade para definir as ações que tomarão daqui para frente, quando o projeto será reavaliado pela Câmara dos Deputados.

Na noite desta terça mesmo, porém, a presidente do Sinditáxi, Roseli de Abreu, criticou a decisão do Senado.

“O que nós queríamos é que fosse regulamentado pelo município, que a prefeitura fosse responsável por liberar a licença, que tivesse a placa a vermelha, como é para o táxi, e que o proprietário do carro fosse sempre o motorista”, disse a sindicalista, ao listar exigências da categoria que foram derrubadas.

Para ela, as regras “seriam uma maneira para melhorar a fiscalização”. No estágio atual, avalia Roseli, “ficou do jeito que o Uber queria”. “A gente fica aqui aguardando e a classe dos taxistas está acabando”, sentencia.

O secretário de Mobilidade de Salvador, Fábio Mota, avaliou também a decisão “de forma negativa”.

Para ele, “se a prefeitura não regulamenta o serviço, não tem quem faça a vistoria do veículo”. “Esperamos que na Câmara isso seja revertido”, anseia o gestor.

Plataformas

Do outro lado, a Uber afirmou, por meio de nota, que “o Senado Federal ouviu as vozes dos mais de 500 mil motoristas e 17 milhões de usuários, que retira do texto muitas das burocracias desnecessárias propostas, como a exigência de placas vermelhas”. Um outro comunicado, mais detalhado, com a avaliação de cada ponto da votação, ainda será divulgado pela plataforma, informa a própria.

Também em nota, a Cabify disse entender que “o Senado se demonstrou sensível à população”. Afirmou, ainda, que a proposta original, aprovada na Câmara, “inviabilizava a operação de aplicativos de transporte”.

Motorista da Uber, o soteropolitano Cláudio Sena, 50, contou que a votação desta terça “trouxe alívio” para a categoria. “Principalmente porque os motoristas não vão precisar passar pelo crivo da prefeitura”, disse.

“Ela vai fiscalizar, mas não vai ter o domínio político e opressor. Essa é uma vitória num primeiro momento”, classifica Cláudio.

Uma das mulheres que rodam na plataforma, a uberista Viviane Ledo, 36, chamou de “justa” a queda das emendas pró-taxistas. “Porém a luta continua, porque esse projeto não é de maneira alguma uma regularização do serviço”, disse.

Fonte: A TARDE On Line

Sobre Emmanuel

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