“Não se gastar mais do que se arrecada”, diz Paulo Souto, secretário da Fazenda de Salvador

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Diante de uma grave crise econômica, o secretário da Fazenda de Salvador, Paulo Souto, garante que a situação financeira do município está sob controle, já que a prefeitura tem se abdicado de uma série de medidas para frear os gastos.

Sobre o estado de calamidade econômica de cidades como Rio de Janeiro, o secretário disse que uma das saídas é “fazer o orçamento e não se gastar mais do que se arrecada”. “Um dos problemas que eles estão enfrentado no Rio, o da Previdência, atinge todo o setor público brasileiro. Eles tinham uma arrecadação de royalties, mas no momento que ela falta, é um problema. Com a crise no petróleo, isso bateu forte, desequilibrou tudo”, opina Souto, em entrevista à Metrópole.

“Também houve problemas de gestão que afetaram o Rio. As receitas extraordinárias resolvem o problema na hora, mas depois não funciona e não resolveu o problema estrutural. O problema estrutural é um problema derivado da arrecadação, que não é equânime. Nós não podemos negar que depois da Constituição de 1988 tiveram uma enorme responsabilidade com gastos que não eram da suas alçadas”.

Souto fez críticas também as prefeituras que não conseguiram controlar os gastos, extrapolando o orçamento e comprometendo o funcionamento dos municípios. “Muitas coisas da saúde, educação, ficaram sob responsabilidade dos municípios e os recursos que o governo repassa não são suficientes. Você imagine que um prefeito não pode adotar uma solução do tipo, vou diminuir o número de postos de saúde, fechar escolas, não pode. Pegue a Europa, onde há uma alternância de governo, já há algum tempo que o tipo de orientação fiscal é o mesmo”, nota. “Fazer o orçamento e não se gastar mais do que se arrecada. As medidas que o governo federal está tomando é por causa dos gastos excessivos, principalmente nos anos de 2013, 2014 e 2015. Isso refletiu no dia a dia e reduziu investimento”, completa.

Em outra ocasião, o secretário já tinha declarado que a prefeitura fecharia 2016 com as contas em dia, inclusive com o 13º salário pago no prazo. “Noventa e sete por cento dos investimentos foram feitos com recursos próprios. Salvador é a primeira capital do país em investimentos próprios”, destaca. “Não estávamos recebendo absolutamente nada do governo federal. Hoje voltamos a ter capacidade de endividamento porque nossa dívida caiu muito. A relação entre a dívida e a receita líquida da prefeitura de Salvador hoje é de 5%. Nós podemos ir até 120%. Isso dá à prefeitura uma capacidade de investimento de 6 bilhões de reais. A única despesa que diminuímos este ano foi com juros e amortização da dívida”, detalha.

Foto: Reprodução/Site Itiruçu Notícias

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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