
Nicolás Maduro solicitou uma conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em meio à crise política na Venezuela e às acusações de fraude eleitoral nas eleições do último domingo (28). A Presidência da República informou que ainda não há previsão para que Lula e Maduro conversem ao telefone.
O pedido foi feito por via diplomática, com a esperança de que a ligação ocorresse nesta quinta-feira, 1º de agosto. O Palácio do Planalto tem por prática não divulgar telefonemas entre chefes de Estado até que ocorram e, geralmente, informa apenas linhas gerais dos assuntos tratados.
Na noite desta quarta-feira (31), Maduro afirmou em coletiva de imprensa que vem conversando com presidentes da região, incluindo o presidente colombiano Gustavo Petro.
Caso o telefonema com Lula ocorra, será o primeiro contato direto entre os dois desde a eleição contestada na Venezuela.
Enquanto isso, um grupo de deputados federais bolsonaristas solicitou ao Ministério das Relações Exteriores a expulsão do corpo diplomático da Venezuela no Brasil, citando graves violações de direitos humanos pelo governo de Maduro. O pedido foi protocolado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e contou com a assinatura de outros 41 parlamentares. Eles listaram várias violações, incluindo o sequestro do líder de oposição Freddy Superlano, mortes em protestos e prisões de manifestantes.