Um novo decreto publicado pelo governo Lula trouxe mudanças significativas para as guardas civis municipais do Brasil. A partir de 21 de dezembro, essas corporações ganharam maior clareza em suas funções, como patrulhamento preventivo e a possibilidade de realizar prisões em flagrante. Essa mudança vem em um contexto onde a segurança jurídica das guardas tem sido um tema de debate acalorado, especialmente em decisões judiciais que questionaram a legalidade de algumas de suas ações.
A questão central do debate gira em torno das competências das guardas municipais. Por muito tempo, elas estiveram no limiar entre a segurança pública e a proteção patrimonial municipal. Decisões do STJ e do STF têm procurado esclarecer esses limites, mas ainda existem áreas cinzentas, como o patrulhamento em vias públicas e a abordagem de crimes como o tráfico de drogas. O decreto parece endossar uma visão mais abrangente do papel das guardas, enfatizando a cooperação com outras forças de segurança e oferecendo uma base mais sólida para suas operações.

Além disso, o governo planeja mais regulamentações para padronizar a atuação das guardas, incluindo questões sobre o uso de armamentos e a criação de corregedorias para fiscalizar e corrigir excessos.
Paralelamente, uma Proposta de Emenda à Constituição tramita no Congresso, visando fortalecer ainda mais essas corporações, inclusive mudando seu nome para polícia municipal e alterando os regimes de aposentadoria dos agentes. Essas mudanças sinalizam uma possível nova era para a segurança pública municipal no Brasil.
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