O calvário de Paulo Maluf atrás das grades

Crédito: Adriano Machado/Reuters

O bilionário Joesley Batista sentiu pena de Paulo Maluf quando o viu chegar à carceragem da Polícia Federal em São Paulo, no dia 20 de dezembro. Escorado em três advogados e uma bengala, o deputado federal do PP havia se entregado por volta das 9h da manhã. Ele obedecia a um mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal por conta de uma condenação a sete anos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro. Maluf estava duramente abatido. Veteranos de cadeia, Joesley e seu irmão Wesley se voluntariaram para ajudar o novo companheiro de cárcere. Fizeram a limpeza da cela do doutor Paulo e se escalaram para passar a noite com ele, receosos de que o parlamentar de 86 anos passasse mal. Conversaram sobre amenidades e tentaram distraí-lo o máximo possível.

A companhia e a presteza dos irmãos delatores, que tornaram mais suave a chegada de Maluf ao xilindró, só duraram dois dias. Em 22 de dezembro, o deputado foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, no bloco 5 – a zona de elite destinada a 60 presos vulneráveis, como políticos, empresários e criminosos sexuais, apelidada de “camarote” pelos agentes penitenciários. Na Papuda, apesar de ter sido bem recebido pelo empresário Luiz Estevão, o rei do camarote, Maluf não conseguiu esconder o desânimo. Alocado na ala B, o outrora altivo e falante político, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, se converteu num sujeito taciturno na prisão. Estabeleceu uma boa relação com Estevão, outro preso por corrupção, mas chora com frequência, principalmente quando fala sobre a família, e se queixa das condições da prisão. Ainda não se acostumou a comer a xepa – uma quentinha com arroz, feijão e um pedaço de carne. Maluf reclama muito da comida, que considera sem graça. Já perdeu ao menos oito quilos.

Enquanto tenta se acostumar à penúria da cadeia, Maluf deposita suas esperanças na atuação dos advogados que tentam tirá-lo de lá. Uma das frentes de ataque era um pedido de prisão domiciliar feito ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, responsável pela execução da pena. Mas o pedido foi negado na quinta, dia 22. A outra, no Supremo Tribunal Federal, tenta anular totalmente a prisão. Isso porque a defesa considera que o relator do caso no Supremo, ministro Edson Fachin, não esperou que se esgotassem todos os recursos possíveis contra a condenação.

Informações extraídas do Tribuna da Bahia On Line

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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