
O Brasil tomou uma das maiores surras da sua história em Eliminatórias. Em plena Buenos Aires, a Argentina fez 4 a 1 com direito a provocação, baile e domínio total do jogo. Julián Álvarez, Enzo Fernández, Mac Allister e Giuliano Simeone marcaram para os hermanos. Matheus Cunha descontou para a Seleção, que ainda teve que engolir a festa dos argentinos com gritos de “um minuto de silêncio, para o Brasil que está morto” no apito final.
A vergonha foi tanta que até jornais europeus estamparam a goleada. O Marca, da Espanha, resumiu bem: “Uma porrada Monumental”.
A prévia do vexame começou com Raphinha, que disse na Romário TV que ia “dar porrada” nos argentinos. Não só não bateu, como apanhou junto com o resto do time. A torcida vaiou o hino, o atacante e fez do Monumental um caldeirão. Dentro de campo, a Argentina sobrou, mesmo sem Messi. Com um meio-campo forte e organizado, não deu espaço para o Brasil jogar. Já Dorival escalou uma equipe frouxa, exposta, com só dois volantes. Resultado: tomou um gol com três minutos.
A zaga brasileira foi uma peneira. Murillo, Arana e Marquinhos falharam feio. Bento, no gol, teve saída de bola desastrosa que gerou o terceiro da Argentina. Enquanto isso, Vini Jr., Rodrygo e Raphinha pareciam turistas em campo. Só Matheus Cunha tentou alguma coisa, sendo o único a levar algum perigo. Mas não havia muito o que fazer quando do outro lado Julián Álvarez brilhava e desmontava a defesa canarinha com facilidade.
A situação da Seleção na tabela ficou pior. Com 21 pontos, caiu pra quarto lugar e vê a vaga direta para a Copa de 2026 ameaçada. A Argentina já está garantida, com 31 pontos e folgada na liderança. Até o Uruguai passou o Brasil, com os mesmos 21, mas saldo melhor. Enquanto isso, a imprensa argentina comemora o “futebol total” e um “baile histórico”, como escreveram Clarín e Olé.
A pancada também balançou o cargo de Dorival Júnior. Aliados de Ednaldo Rodrigues já falam em mudança. Rogério Ceni, ligado à Federação Baiana, é um dos nomes citados, mas tem contrato com o Bahia e o City Football Group. Filipe Luís, hoje no Flamengo, também é visto como possível substituto, numa linha parecida com a de Scaloni, mas tem o Mundial de Clubes pela frente. Até Carlo Ancelotti voltou a ser cogitado, apesar de seguir no Real Madrid.
A Seleção volta a campo em junho, contra o Equador fora e o Paraguai em casa. Mas o estrago já está feito. A goleada sofrida não foi só um desastre esportivo, foi também um retrato da bagunça que virou o futebol brasileiro.
Falaram demais, jogaram de menos, e agora estão pagando o preço.