
O recuo dos deputados da base do governo Temer em alguns dos pontos polêmicos da Reforma da Previdência foi considerado pelo vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) como “desmonte de propostas criadas ao projeto”. O legislador, em entrevista ao site TV Servidor, criticou a proposição original apresentada à Câmara Federal.
“O Tribunal de Contas da União e o Ministério Público já solicitaram que o governo faça uma auditoria nas suas contas para ver se realmente existe déficit na Previdência. Falei há muito tempo que os bancos públicos são os grandes devedores da Previdência e que também existem grandes fraudadores”, afirma Odiosvaldo Vigas.
Para o vereador, todas as implicações do projeto precisam ser amplamente debatidas com a sociedade. “O mais gritante é que 30% do que entra para a Previdência são desviados. Este é o momento do desmonte das ideias. Acredito que essa reforma não pode passar do jeito como está e também não pode ser aprovada entre junho e julho. Ela terá que seguir o tramite normal, sem açodamento, para poder ser encontrada o melhor tipo de proposta de reforma para o povo brasileiro”, argumenta.
A população, para Vigas, necessariamente tem que estar em primeiro lugar. “O governo tem que procurar entender os movimentos sociais e a insatisfação do popular. Não é somente o povo que é oposição ao governo Temer, mas também quem apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Na verdade, a ideia é a privatização da Previdência”, arremata.
Fonte: Secom/CMS