Integrante do partido aliado ao presidente Michel Temer, o Democratas, o vereador Orlando Palhinha usou a tribuna do plenário durante sessão ordinária na tarde de terça-feira (14), na Câmara, para criticar as reformas Trabalhista e da Previdência e o próprio governo Temer ao referir-se como um governo “ilegítimo” e “desrespeitoso” ao povo brasileiro.
Palhinha considera que o Brasil no governo Temer entrou na agenda de reformas impopulares e intempestivas e, especialmente, da retirada de direitos dos trabalhadores. O demista criticou, especialmente, a reforma Trabalhista e da Previdência e lamentou que o governo não tem legitimidade e não respeita os valores democráticos. “Se os congressistas que lá estão tivessem juízo não teria nem votado a reforma da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] que vai de encontro a muitos princípios do trabalhador brasileiro. Piorou a reforma da previdência”, defende. “[Michel Temer] Não tem legitimidade para governar esse país, não. As reformas que ele tem feito são ações intempestivas para um governo que é temporário”, critica.
Em seu discurso afiado, o vereador quase que reproduziu a célebre frase do ‘Fora, Temer’ ao criticar de forma veemente as medidas tomadas pelo governo e o próprio governo Temer.
Perguntado se deixou ser inspirado pela idéia de centro-esquerda, Palhinha respondeu que não vai colocar “vendas nos olhos” sobre o atual governo e o cenário político do país. “Eu sou DEM, sou um cidadão, sou um pai de família, sou um trabalhador, sou um empresário e tem que ver as coisas como ela são. Não estou aqui pra ninguém botar vendas nos meus olhos. Tem que mostrar a realidade, e o povo brasileiro não está satisfeito com esse governo que está. Ele [Michel Temer] deveria ter renunciado há muito tempo. Eu defendo o meu ponto de vista. Não se trata de discurso de esquerda, Você vai dizer que a reforma da CLT trouxe benefícios ao trabalhador? Se o Congresso tivesse analisado, chamado a OAB, as entidades competentes para discutir, a reforma da CLT não tinha sido aprovada”, pontua.
Rafael Santana