A ausência de registros de feminicídios em Salvador nos primeiros meses de 2017, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), reflete a necessidade de se intensificar as ações de combate à violência e da divulgação do termo, da lei e de como qualificar crimes contra a mulher. Somente neste ano, o jornal CORREIO noticiou nove casos em que mulheres foram assassinadas tendo como principal suspeito os seus próprios companheiros. Ainda segundo a publicação, a promotora de Justiça Márcia Teixeira, coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem), do Ministério Pública do Estado (MP-BA) afirmou que “outros 12 casos de mulheres que foram executadas este ano em crimes sem motivação e autoria identificada, com investigação pela polícia em andamento”.
De acordo com Taissa Gama, Secretária Municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), “independente dos motivos, o feminicídios é uma realidade que não pode ser omitida, e sim, combatida”. A SPMJ, ainda segundo a gestora da pasta, “vem desenvolvendo inúmeras ações e políticas públicas de enfrentamento e conscientização da criminalização da violência contra a mulher”.
O feminicídio pode ser definido como o homicídio no âmbito da violência contra a mulher, ou seja, matar uma mulher por razões da condição do sexo feminino. Normalmente, o crime não ocorre de súbito, mas sim como uma consequência de diversas situações de abuso no ambiente doméstico, como intimidação, ameaças, violência sexual.