
O maior escândalo da história da Previdência veio à tona com números que envergonham qualquer país sério: mais de 6 milhões de aposentados tiveram descontos indevidos em seus benefícios nos últimos anos. Só nesta semana, o INSS recebeu mais de 1,6 milhão de manifestações de vítimas, e 98% disseram nunca ter autorizado qualquer vínculo com as associações que sugaram seu dinheiro.
O rombo chega a R$ 6,3 bilhões.
A pressão levou à queda do ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT), à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de seis servidores. Mas o governo petista quer agora enterrar o caso: aliados de Lula e do presidente da Câmara, Hugo Motta, articulam a rejeição da CPMI do roubo dos aposentados. Querem substituir a investigação por projetos genéricos de combate a fraudes, como se isso fosse suficiente para apagar o rastro de corrupção que passou direto pelos olhos do Palácio do Planalto.
O descondenado Lula, que sempre prometeu proteger os mais pobres, agora é cúmplice de um roubo institucionalizado contra os mais vulneráveis: os velhinhos do INSS.