
O ex-presidente da Câmara Municipal de Camaçari, Júnior Borges, pegou muitos de surpresa ao anunciar seu apoio a Luiz Caetano (PT) no segundo turno da eleição para a prefeitura da cidade. A mudança de lado aconteceu apenas dois dias após Borges ser derrotado nas urnas, com apenas 1.242 votos, o que o deixou na posição de suplente.
Embora tenha sido um dos principais apoiadores de Flávio Matos (União Brasil), Borges rapidamente abandonou seu antigo aliado e justificou sua decisão de se aliar ao petista com o argumento de que “é hora de mudar”.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Juninho afirmou que quer ajudar a “mudar a história de Camaçari” e que agora o foco é contribuir para o crescimento da cidade ao lado de quem já foi preso pela Polícia Federal enquanto “administrava” Camaçari, Luiz Navalha Caetano.
A decisão de Borges, que foi líder do governo do atual prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil), causou reações imediatas no cenário político local.
Luiz Caetano e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) receberam o apoio com entusiasmo, destacando a importância de ter Borges ao lado nesta reta final da campanha. “Quero agradecer imensamente esse apoio. Você foi presidente da Câmara, é vereador de Camaçari. Estamos aqui para te abraçar, para você se juntar a nós, e a gente construir esse projeto para Camaçari”, afirmou Navalha Caetano, em tom conciliador.
Na cabeça do petista Júnior Borges, a mudança de postura parece ser um esforço para se reposicionar politicamente após o fracasso nas urnas, mas a decisão pode ter um custo alto. Ao abandonar Flávio Matos e o grupo político de Elinaldo Araújo, ele deve enfrentar resistência em futuras eleições, especialmente após ser um dos principais líderes do União Brasil na cidade.
A troca de alianças em um momento tão crítico pode ser vista como uma tentativa de sobrevivência política, mas também levanta questões sobre sua (pouca) credibilidade.