
A Bahia vive mais um fim de semana mergulhada no terror e na completa ausência de comando. A insegurança virou rotina no estado “comandado” por Jerônimo Rodrigues, que, mais uma vez, se mostra incapaz de garantir o básico: o direito de ir e vir do cidadão. Na madrugada de domingo (30), um soldado da Polícia Militar, lotado na 40ª CIPM, foi baleado na perna ao tentar impedir um assalto em um posto de gasolina na Vasco da Gama. Estava de folga, abastecendo o carro. O ladrão fugiu. Nenhum suspeito foi preso.
Ainda no domingo, um homem foi executado a tiros dentro de casa, na Travessa Rio Ave, em São Marcos. A suspeita é de mais uma ação de facção criminosa, prática que já se espalhou sem freio pela capital baiana. Os assassinos chegaram, atiraram diversas vezes e fugiram como se nada fosse. Ninguém preso, ninguém responsabilizado.
Tudo sob o silêncio cúmplice de um governo que perdeu o controle há tempos.
No interior, o horror também se repete. Em Malhada, no sudoeste baiano, Amilton Guedes Costa, de 51 anos, foi morto a pauladas. A suspeita é que os próprios filhos tenham cometido o crime. Até agora, também seguem foragidos.
Em Salvador, no bairro de Cajazeiras, moradores viveram momentos de tensão após relatos de invasão, reféns e confronto com a PM. A confusão foi tamanha que um homem precisou ser socorrido após passar mal na Central de Flagrantes. A população de Jaguaripe I reagiu com revolta. Após um líder comunitário ser levado pelos policiais, moradores incendiaram objetos e atearam fogo na pista. Segundo a PM, havia homens armados e drogas foram apreendidas. Mas o clima de guerra instaurado revela uma realidade alarmante: não há mais distinção entre bairro e zona de conflito.
A Bahia virou um campo aberto para o crime.
Diante desse cenário, a sensação é clara: o crime comanda e o governador assiste. Jerônimo perdeu a guerra para a bandidagem. A cada final de semana, o sangue escorre pelas ruas da Bahia sem que o governo consiga apresentar qualquer resposta eficiente.