A Bahia vive um momento decisivo na política com a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), prevista para esta terça-feira. A disputa se acirra entre Marcelo Nilo, figura já conhecida na Assembleia Legislativa, e Paulo Rangel, um deputado que até então mantinha um perfil mais discreto.
A corrida, que poderia ter um terceiro competidor, viu a candidatura de Fabrício Falcão perder força rapidamente, num jogo onde a unidade política pede, acima de tudo, lealdade ao grupo no poder.
Para Nilo, a disputa representa um momento crucial, podendo marcar o fim de sua trajetória política, iniciada nos corredores da Embasa e que agora, enfrenta a possibilidade de uma derrota articulada pelos bastidores do poder, liderados pela influência ainda presente de Jaques Wagner.
Neste xadrez político, Rangel surge como peça estratégica, representando não apenas a disputa por um cargo vitalício, mas também o reflexo de uma política de alianças e favores que molda o cenário baiano há décadas.
A possível vitória de Nilo, por outro lado, representaria um golpe no domínio petista na região, quebrando uma sequência de vitórias que se estende desde 2006.
Independentemente do resultado, para a maioria da população, o TCM permanece um órgão distante do cotidiano, mas para os envolvidos, a disputa é de alto risco, com muito em jogo.