Políticos ensaiam articulações, alianças e movimentações para disputa de 2018 após semana da Lavagem do Bonfim

Crédito: Divulgação/Secom/PMS

Em um movimento político interessante voltado para 2018, os políticos já começaram a ensaiam possíveis alianças e movimentações para alçar voos maiores no campo político no Estado a partir de aparições durante a celebração da Lavagem do Bonfim, como ocorre todos os anos. Todos eles buscam forças, seja para disputar o governo do Estado, seja para tentar uma vaga no Senado, na Câmara federal e na Assembleia Legislativa. Toda esta articulação ainda está no início, mas pode ser um movimento interessante nas articulações políticas neste ano de 2018.

O ano já iniciou com a largada para a corrida eleitoral no Estado. As articulações e movimentações políticas estão no centro do debate e serão intensificadas nos próximos meses quando o cenário para a disputa à sucessão estadual, ainda repleto de incertezas, começa a se desenhar.

Em 2017, a palavra de ordem dos políticos foi cautela. Apesar de algumas articulações e movimentos de importantes figuras políticas, ninguém se apresentou ainda como postulante para as disputas eleitorais, a não ser o atual governador Rui Costa, que já se coloca candidato à reeleição, algo visto praticamente como um fato consumado na base petista.

Nome preterido entre os aliados, ACM Neto marcou para abril a definição se concorrerá ou não ao governo do Estado. Citado por caciques do DEM como possibilidade para um projeto estadual ou nacional do partido, Neto tem até abril para se desincompatibilizar caso decida disputar outro cargo.

Fontes próximas ao prefeito avaliam que a decisão dele será o “start” do processo eleitoral no Estado. Se optar por compor a chapa majoritária no Estado, por exemplo, as portas ficarão abertas para José Ronaldo como possivel vice-governador. O prefeito feirense pode ser a alternativa natural do grupo político de Neto, principalmente, porque tem se destacado como gestor em Feira e tem cacife político, pois não é a toa que é um dos principais articuladores do partido. Se assumir como vice, Ronaldo terá que se desligar do mandato de prefeito.

O prefeito ACM Neto (DEM) que é apontado com um dos prováveis candidatos para disputar a sucessão estadual contra a reeleição do atual governador Rui Costa (PT) já colocou seu grupo político em movimento para ensaiar possíveis alianças para reforçar o apoio a sua base, visando o pleito eleitoral.

Esse movimento é estimulado pelo DEM, partido de Neto e também do prefeito de Feira  de Santana, José Ronaldo, do presidente estadua da legenda, o deputado federal José Carlos Aleluia, entre outros nomes do sigla, pelo PSDB, dos deputados federais Jutahy Jr. e Antonio Imbassahy, além dos demais partidos aliados que compõem a base do prefeito de Salvador que já se articulam e se movimentam para desenhar uma possível chapa majoritária com ACM Neto candidato. Caso Neto concorra ao governo do Estado, será uma campanha agressiva marcada por intensos embates.

O PP e o PR ensaiam uma aproximação com o DEM. Os dois partidos fazem oposição a Neto no Estado, mas políticos relatam uma possível aliança dos progressistas e republicanos com os democratas que não confirmaram a participação no bloco da direita. Uma nova aliança entre ambos seria um reforço para o grupo do prefeito ACM Neto, que é já considerado um possível adversário para enfrentar o governador Rui Costa.

Além de Neto e Rui, outros nomes não se apresentam ainda como possíveis postulantes para a disputa, mas o centro das atenções estão em volta do demista.

ACM Neto já declarou em diversas entrevistas à imprensa que vai anunciar sua pretensão somente a partir de abril, se vai ou não disputar ao governo do Estado contra Rui Costa. Caso o prefeito concorra ao comando do Executivo Estadual, o vice-prefeito Bruno Reis (MDB) já preparou terreno e está pronto para suceder Neto na Prefeitura de Salvador. Caso Neto decida em desconsiderar o MDB na majoritária, comenta-se que Reis pode sair do MDB, que alguns consideram como uma possibilidade não descartável.

Se o vice-prefeito sair mesmo do MDB, o caminho ficaria livre para Bruno Reis ir para o DEM. Se Reis sair do partido e não tiver a apoio dos correligionários para fortalecer a legenda em disputar espaço na chapa de Neto, os emedebistas é quem podem migrar para outras siglas.

Em oposição ao grupo político do governador Rui Costa, ACM Neto é dado como certo pelos principais dirigentes do DEM na disputa ao Palácio de Ondina. O democrata, contudo, ainda não admite candidatura.

Cauteloso, ele tem se movimentado e não abandonou outra arma poderosa nas campanhas eleitorais, as redes sociais. Mas, dependendo do posicionamento das demais peças, pode até lançar candidatura.

Os partidos aliados não escondem de ninguém o desejo de ver ACM Neto no comando do governo. A candidatura do democrata seria um importante palanque no Estado para o presidenciável Rodrigo Maia ou Ronaldo Caiado ou Geraldo Alckmin, que podem também arregimentar candidaturas novas e à reeleição de deputados estaduais, federais e senadores, inclusive, novos nomes do grupo governista.

Neto é cortejado pelos vereadores da base governista, especialmente, por Alexandre Aleluia e Leo Prates, já declarados candidatos a vaga na Assembleia Legislativa da Bahia, pelos deputados estaduais do Democratas e de partidos aliados, entre eles, Pablo Barrozo, que pretende concorrer à reeleição na AL-BA, além dos deputados estaduais e federais do PSDB, a maioria deles, candidatos a reeleição no legislativo estadual e federal, entre estes, o deputado Antônio Imbassahy e, além dele, o deputado federal Jutahy Jr. que busca um espaço em uma possível chapa de Neto para alavancar sua candidatura ao Senado. Ele já conta com o apoio de Zé Ronaldo, que é, possivelmente, candidato a vice-governador.

Outros pré-candidatos que já declaram abertamente suas intenções são Benito Gama e Taíssa Gama. A forte e intensa aproximação entre o PTB e a base de ACM Neto podem garantir apoio do demista à reeleição de Benito como deputado federal e a eleição de Taíssa para estadual.

Os democratas, tucanos e os demais aliados defendem a candidatura de ACM Neto ao governo, mas Neto tem dito, nas ocasiões, que só vai decidir sobre o assunto em abril deste ano.

Existe uma nova dinâmica que tomou conta da política baiana. Algo que indica que haverá disputa para o governo entre ACM Neto e Rui Costa. O petista pode perder aliados que hoje fazem parte da sua base, que pode dá a sensação de que Neto ganhará a eleição. Se de fato somar forças, o demista pode ganhar as eleições. Neto se mantém cauteloso e não quer “queimar a largada”, mas tem percorrido o Estado e mantém ativas as redes sociais. O potencial de uma possivel estratégia política do grupo pode colocar ACM Neto na certeza de crescimento eleitoral em comparação ao seu atual adversário.

ACM Neto e o desafio ao governo do Estado

Até o momento, o panorama para uma possível eleição de ACM Neto ao governo do Bahia indica um desafio para o demista. O prefeito conta com a aprovação da população e vê sua popularidade em alta ainda mais com as ações, obras e serviços que têm garantido o sucesso da administração em Salvador.

Mesmo com o orçamento comprometido e inflado, o prefeito criou e inovou em sua forma de fazer política e gestão. Não é a toa que Neto é considerado e indicado como um dos melhores gestores do país, graças também a sua equipe de governo.

O prefeito diz que seu foco, no momento, é administrar Salvador,  o que dá a entender um desinteresse em concorrer ao Palácio de Ondina. Em convenção ainda a se realizar, o partido deve colocar o nome do prefeito à disposição para candidatura ao governo do Estado.

A corrida eleitoral deste ano já começou. Nos bastidores, os principais partidos articulam alianças para ingressar na disputa, com muitos pré-candidatos, contudo, nenhuma chapa está garantida. Nem mesmo é certo se o atual governador Rui Costa (PT) tentará a reeleição. O tabuleiro eleitoral ainda é incógnita. Dos desejos aprssentados e preces feitas ao Senhor do Bonfim, resta saber quais desses políticos que anseiam se elegerem ou se reelegerem a um cargo público terão seus pedidos atendidos pelo Santo neste ano. Tudo vai depender também da vontade popular das ruas.

Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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