Nem mesmo com bilhões em programas sociais e uma força-tarefa de propaganda, o governo do ex-presidiário Lula consegue reconquistar seu eleitor tradicional. Mulheres, nordestinos e os mais pobres estão cada vez mais decepcionados com a gestão petista. A nova pesquisa Genial/Quaest mostrou que a avaliação negativa subiu de 37% para 41%, enquanto as positivas caíram para 27%.
Petistas esperavam reação com medidas como o “crédito do trabalhador” e o saque do FGTS, mas o que se viu foi o contrário: críticas nas redes e até de aliados, que acusam o governo de empurrar os brasileiros para mais dívidas.
Na Câmara, durante reunião sobre o 8 de janeiro e o PAC, o clima foi de desânimo. Petistas reconheceram que, mesmo entregando programas, o povo não sente mudança. A economia segue travada, os juros altos e a inflação batendo forte no bolso de quem trabalha. O próprio deputado André Figueiredo (PDT) cravou: “Essa será uma marca negativa para o governo”.
Até o tal “Brasil Dando a Volta por Cima”, evento que o Planalto organiza para tentar animar a militância, virou motivo de piada entre parlamentares.
A ideia do governo é comparar Lula com Bolsonaro e dizer que agora o país está melhor. Mas na prática, o que se vê é um presidente perdido, que fala difícil, demora a tomar decisões e vive atrás das ações do ex-presidente, que mesmo fora do cargo continua pautando a política nacional. Um assessor chegou a sugerir que os petistas usem comparações como “quantidade de pessoas que cabem em um estádio” para explicar dados sociais. A meta é traduzir o fracasso com firula e espetáculo.