PRB indica Tia Eron para o Ministério dos Direitos Humanos

Crédito: Notícias da Lapa

Para não correr o risco de ter que acatar a indicação do PRB que pode causar grande desgaste ao governo, o presidente Michel Temer pode manter no cargo a ministra tucana dos Direitos Humanos, Luislinda Valois. Conforme interlocutores do Planalto, o único partido interessado na vaga da ministra nomeada para cumprir a cota de mulher e negra, é o PRB do prefeito do Rio, Marcelo Crivella. O partido, se ganhar a vaga, quer indicar para o posto outra baiana, a deputada Tia Eron. Considerada “brigona”, ela pode levar para a pasta um elemento com alto potencial de polêmica: a religião, uma vez que Eron integra a bancada evangélica.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, está com sua permanência no governo consolidada, apesar de o PSDB estar caminhando para oficializar o desembarque do governo na convenção nacional de dezembro. Com a desistência do presidente Michel Temer de fazer uma reforma mais ampla, tirando os ministros candidatos agora em dezembro, o ministro da Secretaria de Governo, o também baiano Antônio Imbassahy pode também permanecer.

O presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, disse que o partido não fará objeções se Temer decidir manter ministros ou outros filiados do partido na reforma.

“Tem duas coisas sobre a situação de Luislinda. Se o presidente ficar esperando ela tomar a iniciativa de pedir demissão, ela não vai pedir é nunca. Na hora da reforma geral, Temer poderia tirá-la. Mas acho que ele vai acabar ficando com ela, porque se tirar, o PRB vai tentar colocar Tia Eron. Então não vai abrir essa brecha. A outra pode levar para o ministério dos Direitos Humanos o viés da religião, aí vai ser um horror. Melhor deixar Luislinda lá. As bobagens que falou ficam na conta dela mesma”, disse um dirigente tucano.

Internamente, Luislinda tem a oposição do PSDB Mulher e apoio do Tucanafro. O presidente do Tucanafro, Juvenal Araújo, é secretário da Igualdade Racial. Integrantes do PSDB Mulher estariam incomodadas com o discurso de vitimização da ministra, que tenta justificar o pedido de acumular salário com aposentadoria pela perseguição, por ser mulher, negra, da periferia.

Ela começou na política levada pelo PSDB da Bahia e depois nomeada ministra – era secretária – pelo ex-ministro da Justiça, Alexandre Morais. Temer se encantou com a desembargadora negra, por cobrir uma falha do seu ministério, que não tinha mulheres ou negros.

“Fora do Brasil, Luislinda se apresenta muito bem, tem uma situação muito boa. Agora fez essas bobagens. Michel até gostaria de colocá-la fora, mas deve ir ficando por causa dos problemas que causariam sua saída. Imbassahy e Aloysio também agora são assunto de Temer, a decisão é dele. Talvez ele os preserve para fugir da cobiça dos partidos em colocar no lugar gente que ele não pode colocar para não criar mais problemas”, diz o dirigente tucano.

Fonte: O Globo

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