Em um cenário nacional onde prefeitos estão a todo vapor buscando atrair investimentos para dinamizar a economia local e garantir empregos, Camaçari, sob o comando de Elinaldo Araújo, parece caminhar na contramão dessa estratégia.
O Grupo RedeMix, pronto para investir impressionantes R$ 20 milhões e criar 150 empregos diretos com a abertura de um supermercado, se vê atolado em burocracia e silêncio. Em maio de 2021, o próprio prefeito Elinaldo comemorava a notícia da chegada do grupo.
No entanto, esse otimismo parece ter se esvaído. Sem explicação, o processo de liberação do alvará de construção foi interrompido, e a tentativa de diálogo entre o grupo empreendedor e os órgãos municipais tornou-se um desafio hercúleo.
Apesar de não existirem pendências legais ou restrições ambientais, o terreno de 4.000 m² ainda aguarda a realização do sonho de transformação. Mais desconcertante ainda é o fato de que, já em 2020, foi feito o Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) e concedida a Análise de Orientação Prévia. A promessa da RedeMix de financiar a requalificação viária da região parece ter sido esquecida pela prefeitura.
Além disso, há uma investigação em curso pelo Ministério Público sobre a ausência de participação privada em obras urbanas em Guarajuba. Especialmente quando existe um projeto pré-aprovado de requalificação viária, graças à contrapartida proposta pelo novo supermercado.
Essa situação é especialmente preocupante para Camaçari, uma cidade industrial que enfrenta a redução de empregos devido à revolução tecnológica e ao encerramento das atividades da Ford. A cidade, quarta mais populosa da Bahia, tem enfrentado crescentes índices de violência, o que torna ainda mais urgente a necessidade de iniciativas que promovam o desenvolvimento e segurança para seus quase 300 mil habitantes.
Neste momento de desafios econômicos e sociais, a questão que não quer calar é: O que realmente está impedindo a concretização de um projeto que promete trazer tantos benefícios para a população de Camaçari?
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