
A Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente discutiu o Projeto de Lei nº 78/15, de autoria do Executivo Municipal, em audiência pública na manhã de segunda-feira (3), no auditório do Edifício Bahia Center. A proposição é referente à via expressa “Linha Viva”. Com 18 km de extensão, a estrada será uma ligação entre o Acesso Norte e a Estrada Cia-Aeroporto.
A proposta, afirmou o vereador Luiz Carlos (PRB), “é uma autorização para o Executivo municipal abrir uma licitação para empresas interessadas participarem de uma concorrência, para posterior construção da obra pública, além de uma concessão de exploração”.
A empresa vencedora da licitação cobrará pedágio e também será responsável pela manutenção e conservação da Linha Viva.
Presidente do colegiado, Luiz Carlos avaliou que “essa audiência é importante para toda Salvador, pois estamos discutindo questões como o traçado da obra; as isenções que a Prefeitura concederá para a sua execução e as implicações para o transito da cidade. É um projeto que tem impactos que precisam ser debatidos com a sociedade local”.
Pista dupla
O diretor de planejamento da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Eduardo Leite explicou que a Linha Viva contará com pista dupla, com três faixas de tráfego cada uma, além de acostamentos. “A previsão é que circulem mais de 100 mil veículos por dia na via”, avalia.
Em contraponto, a arquiteta e professora especialista em Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ana Fernandes, criticou a proposta. “ Essa via ocupará 460 hectares de área, cerca de sete vezes o tamanho do bairro da Barra, sendo que o traçado passará por bairros considerados socialmente vulneráveis”.
A acadêmica argumentou também que “a Linha Viva irá desapropriar mais de 600 famílias em diversos bairros da cidade, principalmente em Saramandaia e Pernambués”.
Presente também à audiência pública, a vereadora Marta Rodrigues (PT) comentou a questão do pedágio que é previsto na via. “A Constituição Federal proíbe esta cobrança”, pontua.
Fonte: Secom/CMS