
A recente declaração do governador Jerônimo Rodrigues sobre a necessidade de empréstimos escancarou a fragilidade financeira da Bahia. “Se eu estivesse com o governo nadando em dinheiro, eu não iria pedir empréstimo”, afirmou, justificando a série de operações de crédito que o estado vem acumulando.
Nos bastidores da política, a declaração do “governador” petista foi vista como um sinal claro de que o governo perdeu a capacidade de investir com recursos próprios, desenhando um futuro de orçamento apertado e dominado por dívidas.
Enquanto o “governo” se endivida, Jerônimo enfrenta pressão para acomodar gestores fracassados, como Moema Gramacho e Adélia Pinheiro, cujas posições na possível reforma administrativa ainda são incertas.
Além disso, o Bahia sem Fome, projeto emblemático que sustentou a campanha do governador, parece ter perdido espaço na agenda estadual. Embora o Fundo de Combate à Pobreza tenha arrecadado R$ 730,8 milhões, menos de um terço desse valor foi aplicado até agora.
A situação de segurança pública na Bahia agrava ainda mais o cenário preocupante. O estado lidera o ranking nacional de mortes violentas, com dados oficiais do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicando que, em 2023, a Bahia registrou mais de 6.000 mortes violentas, um aumento em relação ao ano anterior. Esse contexto, comparado por especialistas a um clima de guerra civil, revela o impacto devastador da criminalidade na vida dos baianos.
A sensação de insegurança é constante, e a falta de investimentos em segurança e prevenção reflete a ineficácia das políticas públicas estaduais, aprofundando a crise e ampliando as cobranças sobre a gestão de Jerônimo Rodrigues.
Entre a falta de investimentos e uma reforma que parece mais política do que estratégica, a gestão de Jerônimo encara cobranças crescentes e um orçamento cada vez mais comprometido.