
Há pouco mais de um ano, o Brasil enfrentava um cenário de juros galopantes, inflação alta e a pior recessão da história. Com uma agenda de reformas estruturais, responsabilidade fiscal e medidas de estímulo, o governo federal conseguiu reverter esse cenário e agora as previsões apontam para um horizonte favorável para a retomada da economia brasileira.
De um patamar de 9,28%, no ano passado, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora está em 2,46% nos últimos 12 meses encerrados em agosto. Isso significa que o custo de vida dos brasileiros está mais baixo. O aumento da produção agropecuária, em especial a de grãos, teve um papel importante no processo de queda da inflação. A grande oferta de produtos do setor agropecuário contém a alta de preços de outros segmentos econômicos e contribui para o processo de desinflação. Atualmente, o preço do grupo de alimentos e bebidas acumula uma deflação de 2,01% nos últimos 12 meses.
Não à toa, o preço dos alimentos, desde os tempos de hiperinflação, é a principal despesa das famílias brasileiras e, por isso, possui tanto impacto nos preços e no custo de vida das pessoas. Na avaliação da Tendências Consultoria, a queda no preço desse grupo é o maior motivo para a queda tão rápida da inflação. “O principal fator é a supersafra e o preço dos alimentos, que depois de um período de muita pressão continuam despencando […]. O grosso da desinflação é resultado do preço dos alimentos a domicílio”, afirma o analista da Tendências, Marcio Milan.